Gabriele dos Santos Souza, de 25 anos, morta pelo namorado a golpes de faca, na sexta-feira (28), em Salvador, gostava de jogos eletrônicos. A sua última conquista, por exemplo, foi um computador. Ela tinha a intenção de investir na carreira de gamer. Todos os planos da jovem, no entanto, foram encerrados pela ira do namorado que, há tempos, demonstrava ciúmes durante um relacionamento de um ano e meio marcado por abusos, como relatou a família dela.
O corpo de Gabriele foi sepultado na tarde de domingo (30), no Cemitério Municipal de Itapuã, localizado no bairro de mesmo nome. Durante a cerimônia, amigos e familiares descreveram a jovem como uma menina esforçada e alegre. O patrão, dono de uma barraca de praia, onde a vítima era garçonete, diz que a jovem sempre enfrentava a jornada de trabalho feliz.
"Estava sempre muito contente. Sempre estava de máscara, mas era possível ver a sua felicidade pelos olhos", disse o comerciante Mássimo Pascucci, em entrevista à TV Record Itapoan.
Crime premeditado
Antes de ser morta, na sexta, Guilherme Andrade Santos, de 21 anos, que trabalhava na aeronáutica, levou a namorada, na quinta (27), para passar o dia em um hotel com acesso à Baía de Todos os Santos, localizado no Corredor da Vitória, na Vitória. Lá, ele gravou os últimos momentos de Gabriele. Ela aparentava estar feliz como mostram os vídeos publicados em uma rede social pelo próprio agressor.
"Ele deu um dia de princesa a ela, ele mesmo gravou a felicidade e a inocência. Ela que sempre foi uma pessoa sem maldade. Ele premeditou tudo, levou para sair, bebeu, se divertiu e, depois, aconteceu isso", lembrou a mãe, Lindinalva de Oliveira, em conversa com a emissora.
Os dois estavam juntos há um ano e meio e, durante esse tempo, o comportamento de Guilherme sempre deixou a família da vítima em alerta.
"Todo mundo deu conselho, mas ele prometia que iria mudar, que não era isso. Ela acreditou nele. Perdeu a caminhada. Era querida por Deus e pelo mundo. Ajudava a mãe e fazia tudo. Não tinha maldade. Foi muita crueldade o que aconteceu", completou a avó.
Depois de esfaquear a namorada, o agressor deixou uma carta na casa da mãe confessando a autoria do crime e indicando onde estaria o seu corpo. Isso porque, depois do feminicídio, ele tirou a própria vida com uma arma de fogo, à beira de um córrego na região de Ipitanga, em Lauro de Freitas, região metropolitana da capital.
Por BNews