Mais um episódio sintomático da série "Não existe racismo no Brasil", dessa vez no programa apresentado por Rodrigo Bocardi na TV Globo.
jO Jornalista Rodrigo Bocardi está sendo acusado de racismo nas redes sociais. O repórter Tiago Scheuer entrevistou um jovem negro no metrô, na edição desta sexta-feira (7), do "Bom Dia São Paulo". O rapaz estava a caminho de clube de classe alta da cidade. Bocardi mandou perguntar se o garoto era gandula, mas ele respondeu que era atleta de polo aquático.
Diante da repercussão, Bocardi, que joga tênis no clube da elite paulistana, disse ter confundido a camiseta do rapaz, que seria igual a de pegadores de bolinha. "Muito triste a acusação de preconceito. Eu pratico tênis no Clube Pinheiros. Os jogadores de tênis não usam uniformes, mas os pegadores/rebatedores, sim: uma camiseta igual a do Leonel, com quem tive o prazer de conversar hoje. Ao vê-lo com a camiseta que vejo sempre, todos os dias, pegadores/rebatedores de todas as cores de pele, pensei que fosse um deles", declarou, em nota.
"Não frequento outras áreas do clube onde outros esportes são praticados. E não sabia que a camiseta era parecida. Se soubesse, teria perguntado em qual área ou esporte trabalhava ou treinava. Nunca escondi minha origem humilde. Comecei a vida como garoto pobre, contínuo, andando mais de duas horas de ônibus todos os dias para ir e voltar do trabalho e escola. Alguém como eu não pode ter preconceito. Eu não tenho, nunca tive, nunca terei. E condeno atitude assim todos os dias", continua.
E finaliza: "Mas se ofendi pessoas que não conhecem esses meus argumentos e a minha história, peço desculpas. Não o chamei de pegador pela cor da pele ou pela presença num trem. Chamei-o por ver que vestia o uniforme que eu sempre vejo os pegadores usarem. Peço desculpas a todos e em especial ao Leonel. Obrigado". b news
Mais um episódio sintomático da série "Não existe racismo no Brasil", dessa vez no programa apresentado por Rodrigo Bocardi na TV Globo.