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TELEVISÃO - 04/08/2018

‘Fantástico’ festeja 45 anos com edição especial, e jornalistas revelam bastidores

‘Fantástico’ festeja 45 anos com edição especial, e jornalistas revelam bastidores

“Olhe bem, preste atenção”: já faz 45 anos que o domingo dos brasileiros finda de frente para a TV com grandes histórias, reportagens investigativas, vídeos extraordinários, curiosidades, musicais... E, para celebrar essa data, o “Fantástico” de amanhã terá uma edição ainda mais especial.

O programa já começa com uma nova abertura. A série “Fertilidade, um projeto de vida”, da apresentadora Poliana Abritta, faz sua estreia contando as angústias e dilemas de pessoas que têm o sonho de serem mães e pais, mas são impedidos por problemas biológicos. A quarta temporada da “Jornada da vida” também começa neste 5 de agosto: Sônia Bridi conta a história do maior rio da Ásia: o Yangtzé, na China. E Ivete Sangalo e a banda Melim fazem uma releitura da música “Guita”, de Raul Seixas, que foi o primeiro musical exibido em cores pela atração.

— Sempre haverá interesse por histórias, é intrinsecamente humano, e nisso o “Fantástico” é especialista — afirma Bruno Bernardes, diretor da revista eletrônica dominical.


Poliana e o campo de girassóis: série utiliza liguagem lúdicaPoliana e o campo de girassóis: série utiliza liguagem lúdica Foto: Robson Santa Rosa/Rede Globo/Divulgação


Um assunto muito pessoal

“Esse especial tem um aspecto pessoal, um envolvimento do meu coração. É diferente de todos os que eu já fiz”, entrega Poliana Abritta sobre “Fertilidade, um projeto de vida”. Há um ano, a apresentadora deu início às entrevistas e às gravações da série, mas o assunto ela já conhece há bastante tempo. Antes de dar à luz os trigêmeos Guido, José e Manuela, aos 33 anos, a apresentadora, de 42, travou uma batalha para engravidar.

— Eu me casei com 23 anos e, como não evitava filhos, achei que com 27 eu estaria grávida. Aí eu fiz 27 e não aconteceu. Nem com 28, nem com 29... Quando descobri o que eu tinha, uma endometriose, foi um alívio. Passei por uma cirurgia, fiz uma inseminação e depois parti para a fertilização, sem conhecer ninguém que tivesse experimentado isso. Foi um longo período de ansiedade e incerteza — relembra Poliana, que também vai contar sua história na TV: — Eu falo disso abertamente. Nunca escondi de ninguém, nem das crianças, sobre a fertilização. Então, é muito natural que as pessoas me procurem para falar sobre esse tema. No mercado, na padaria, na própria redação... É muito bom, quando se está num momento difícil, conversar com alguém que sobreviveu a ele. É uma quebra de tabus e preconceitos uma pessoa pública falar sobre seus problemas. Quem ouve se sente acolhido.

Segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, existem hoje no Brasil 8 milhões de pessoas tentando ter filhos e não conseguem.

— É um dado relevante! O tema é importante, precisa ser abordado. E fizemos isso de forma lúdica. Falamos de óvulo e embrião num link com a natureza. Apareço num campo de girassóis, que representam o número de óvulos que a mulher produz numa época da vida, por exemplo. Há um intercâmbio com a arte e a animação para não expor os casais, não explorar seu sofrimento.


Criação de Tadeu, o quadro dos cavalinhos é um sucessoCriação de Tadeu, o quadro dos cavalinhos é um sucesso Foto: Paulo Belote/Rede Globo/Divulgação


Na garupa do entretenimento

Em 2007, Tadeu Schmidt chegou ao “Fantástico” com a missão de reformular a apresentação dos gols da rodada, usando uma linguagem mais dinâmica, que atraísse toda a família, e não só fãs de futebol. Hoje, o “Bola cheia, bola murcha”, o “três gols dão direito a música” e os cavalinhos com os times do Campeonato Brasileiro são sucesso absoluto.

— No “Bom dia Brasil”, eu já tinha essa maneira mais divertida de dar as notícias de esporte. Mas, no “Fantástico”, passamos a fazer uma coisa muito mais elaborada — conta Tadeu, festejando a boa repercussão de suas criações: — Fico feliz de ver que, qualquer coisa que aconteça três vezes, as pessoas sempre lembram: “agora já pode pedir música no ‘Fantástico’”. Adoro isso!

A interação com os bonequinhos no estúdio exige que o apresentador se desdobre também nas funções de ator, roteirista e diretor.

— Nunca tive timidez para fazer televisão. Eu me divirto demais! — afirma ele, que garantiu seus próprios cavalinhos, à parte do futebol: — Jogo golfe, e tenho um chamado Maninho. É original, feito no mesmo lugar que os do programa. Mas o meu é a capa do driver (taco maior). Nesse esporte, as pessoas costumam usar capas divertidas. Tiger Woods, por exemplo, tem um tigrinho. Também mandei fazer um pingente lindinho de cavalinho e dei de presente pra minha mulher no Natal do ano passado.


Sônia Bridi em templo tibetano: viagem pela ChinaSônia Bridi em templo tibetano: viagem pela China Foto: Paulo Zero/Rede Globo/Divulgação


Jornada pelas margens do rio

Dos 45 anos do “Fantástico”, Sônia Bridi participa de pelo menos 30 com suas reportagens. Há oito, desde que ela voltou do trabalho como correspondente internacional na França, tornou-se repórter exclusiva do programa. A “Jornada da vida” chega agora à quarta temporada.

— A ideia nasceu com o aniversário de 40 anos do “Fantástico”, só que a gente não conseguiu fazer a tempo e só foi ao ar em 2014, no ano seguinte. Era pra ser só uma temporada, mas foi incrível a recepção! — celebra Sônia, que viaja sempre acompanhada do marido, o repórter cinematográfico Paulo Zero: — A gente se implica o tempo todo, mas é num nível de brincadeira, não de conflito. Temos uma relação muito tranquila. Geralmente, quando discutimos é por questões de trabalho. Sou turrona, ele também, mas a gente se entende. Em 22 anos, nunca fomos dormir de mal. Nunca ficamos sem nos falar mais que dez minutos.

Desta vez, Sônia voltou à China, onde foi correspondente por dois anos, para acompanhar o curso do rio Yangtzé e as civilizações surgidas às suas margens.

— Essa é uma jornada da vida que caminha do passado para o futuro: no Tibet, encontramos muita tradição, e conforme descemos o rio, nos aproximamos da modernidade, na cidade de Xangai — detalha a jornalista, que já visitou cerca de 80 países a trabalho e tem em casa, no Rio, lembranças de todos esses lugares: — Guardo tapetes, gaiolas, pincéis, máscaras... Tenho o emprego que pedi a Deus, não tenho dúvida. Sou das poucas pessoas do planeta que faz o que quer, onde quer e do jeito que quer. Isso é um privilégio. Mas não nasci fazendo isso, tive que conquistar. EXTRA ONLINE

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