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TELEVISÃO - 28/07/2018

Luis Lobianco, o Clóvis de 'Segundo sol', diz que público pede para ele cantar 'Sal na pele': 'A música é um grude'

Luis Lobianco, o Clóvis de 'Segundo sol', diz que público pede para ele cantar 'Sal na pele': 'A música é um grude'

Até pouco antes de estrear em “Segundo sol”, Luis Lobianco, de 36 anos, era conhecido pelo grande público como “aquele gordinho do Porta dos fundos”. Com a novela no ar, o ator caiu nas graças dos telespectadores com seu ingênuo Clovinho, irmão de Beto Falcão (Emílio Dantas). Neste “Você entrevista”, ele fala sobre carreira, polêmicas e vida pessoal.

As pessoas pedem para você ficar cantando “Sal na pele” (sal na pele, pele, pele...)? Juliana Carlos

O tempo todo! A música é um grude, e quando já estou quase esquecendo, alguém canta! Dentro do táxi, na feira, no trabalho... Morro de rir! Recebi muitos vídeos nas redes sociais. Principalmente das crianças, que já me acompanham na série “Os Valentins”, do Gloob.

Por que você demorou tanto para fazer novelas? Francisco Ramos

Trabalho no teatro desde os 12 anos e, até os 30, nunca tive oportunidade de fazer TV. Até que estreei no “Porta dos fundos” e minha vida mudou. Passei a receber muitos outros convites e, dessa vez, consegui conciliar tudo com eles para ter um ano livre com a cabeça na novela. Antes do “Porta”, eu estava cansado de trabalhar e não ter retorno quase nenhum. Eu cheguei a andar quatro horas por dia para ir e voltar do ensaio de uma peça porque não tinha o dinheiro da passagem. O “Porta dos fundos’’ me deu dignidade como artista.

Você foi muito criticado por grupos de transexuais por interpretar, no teatro, a travesti Gisberta, brasileira morta em Portugal há mais de 10 anos. O que fica dessa história toda, apesar de o espetáculo ter feito muito sucesso? Mariana Côrtes

Há duas coisas importantes sobre esse acontecimento: na peça, eu não interpreto Gisberta, mas outros personagens que falam sobre ela. Outro fato é que erguemos tudo sem dinheiro, só com a ajuda de amigos. Um ano depois, conseguimos patrocínio. Fazia 10 anos que Gisberta tinha sido assassinada e ninguém desenvolveu nenhum projeto profissional sobre essa história. Fui lá e fiz com a autorização da família dela. Então, como ator LGBT que sempre desenvolveu projetos que contribuem para a discussão da diversidade, me senti apto a realizar. Entendo os questionamentos e realizamos debates para ouvir e enriquecer o entendimento sobre as causas envolvidas. Só não tolero violência. Havia gente com muita disposição ao desrespeito. Mais tarde, fui descobrir que tinham interesses políticos por trás dessas manifestações e muita gente saiu desse evento se candidatando a algum cargo político em 2018. Fiquei muito mal, mas me reergui e estou pronto para retomar “Gisberta”.

Há quanto tempo você e Lúcio Zandonadi estão juntos? Vocês pretendem adotar uma criança? Lúcia Perotto

Estamos juntos há 6 anos e não temos intenção de adotar, por enquanto. Lúcio é pianista, compositor e maestro. A vida na arte exige muitas horas nos ensaios e em cena. Estamos muito felizes com nosso ritmo e amamos nossos três sobrinhos. Quando você fica para titio, tem dose de amor extra para eles!

Se você estivesse na pele de Clóvis e fosse tão enganado, como reagiria? Eduardo Sá

Eu sou um pouco mais racional. Gosto de ter a capacidade de relevar situações ruins e começar uma nova história. A questão é que tem gente que vale a pena te acompanhar nesse pacto para o bem, e tem quem não valha. Perdoar é bom, mas é importante se proteger.

Qual foi o dia mais triste da sua vida? Zé Moreira

Perdi a minha mãe biológica aos 6 anos. Ela descobriu um câncer linfático junto com uma gravidez e teve que escolher entre iniciar o tratamento imediatamente ou ter o bebê. Ela optou pela vida da minha irmã, que é uma mulher maravilhosa. Na época, a minha infância virou do avesso. Meu pai se casou de novo, e fui entendendo que tive o privilégio de ter duas mães. O humor é uma válvula de escape, mas essa situação trágica me acompanha e se reflete no meu trabalho, adoro compôr personagens que vibram no cômico e no drama.

O Buraco da Lacraia, sua casa de espetáculos na Lapa, na região central do Rio de Janeiro, é um local muito democrático, que recebe todas as pessoas. Mas quem você não deixaria entrar lá? Mariana Outeiro

Pessoas dispostas à violência não são bem-vindas. Receber quem pensa diferente é um privilégio, uma forma de debate pela arte. Criamos essa ocupação, no casarão que pertence a Adão Arezo, e nos tornamos um grupo de criadores.

Você acha que o repertório e a influência do “Porta dos fundos” se esgotaram diante de tantas opções de mídias surgidas nos últimos anos? Sérgio Ferreira

O canal deixou de ser novidade, mas se consolidou com público fiel aos vídeos. Acho que o “Porta” inaugurou um jeito profissional de fazer internet no Brasil e isso nunca vai se esgotar. Nos últimos anos, surgiram muitas mídias novas e tudo muda muito rápido.Mas o espectador que faz o “Porta” quebrar recordes inimagináveis continua ligado. EXTRA ONLINE

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