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TELEVISÃO - 19/02/2018

Intérprete da Estela de ‘O outro lado do paraíso’ fala de preconceito, superação, vaidade e relação com o público

Intérprete da Estela de ‘O outro lado do paraíso’ fala de preconceito, superação, vaidade e relação com o público

Estela, personagem de Juliana Caldas em “O outro lado do paraíso”, tem comovido os telespectadores com sua luta contra o preconceito a pessoas com nanismo. Os contornos da trama, no entanto, não são novidades para a atriz de 30 anos e 1,22m. Filha de mãe com estatura mediana e pai com nanismo, ela não permitiu ser renegada aos esteriótipos e foi em busca de seus sonhos.

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Sendo tão estudada, acho que a personagem poderia trabalhar em algo e não ficar sempre num canto sofrendo. De que maneira você acha que está dando visibilidade a pessoas como você?

Luciana Funke

Às vezes, tem propósitos em nossas vidas que desconhecemos, e acho que no caso da Estela tem muita coisa envolvida, principalmente ao conhecer pontos em que ela nunca tocou, como se envolver com um rapaz e se aproximar da mãe. Muitas pessoas passam por momentos psicológicos difíceis para acordar. Mas, aguardem, uma nova Estela vai nascer!

Você é comprometida? Na vida real, já foi disputada por dois homens, como Estela?

Fabiana Sady

Sou solteira, mas já namorei e foi lindo. Nunca fui disputada como Estela (risos).

Quando Sophia (Marieta Severo) fala aquelas barbaridades para sua personagem, você se sente ofendida?

Julia Calaça

Na ficção, não. O que dói de verdade é saber que tem pessoas que dizem isso, que há seres humanos como Estela que passam por essas ofensas, dentro de casa e na sociedade. Além da rejeição, há a falta de respeito e de acessibilidade.

A escola foi um ambiente hostil para você?

Tyara Oliveira

Nunca tive problemas na minha escola. Conhecia todos os alunos, e eu e meu irmão (Fernando, que também tem nanismo) éramos protegidos. Quando acontecia algo, era com alguém novo e que não estava acostumado com a gente. Os professores sabiam conversar e resolver explicando sobre as diferenças das pessoas. Uma coisa essencial é a mãe estar presente e saber o que acontece com o filho na escola, e a minha sempre foi assim.

Quais são as melhores lembranças da sua infância?

Maria de Fátima Peres

Brinquei de todas as formas. Eu e meu irmão éramos duas pestes (risos). Aprontávamos com nossa família. Não tenho do que reclamar. Brinquei de tudo, levei ponto no queixo, caí da escada... Levei uma vida de criança como outra qualquer.

Estela é muito estilosa. Como você é na vida real? Você se preocupa com moda e estilo? Onde geralmente compra suas roupas?

Andrea Martins

Eu me interesso principalmente por moda inclusiva. Trabalhei com isso e acabei aprendendo a conhecer meu corpo e o que fica legal ou não. Costumo comprar peças em lojas normais, mas também tem a estilista Joventina Souza que faz meus vestidos e algumas peças por encomenda. Sobre salto, não uso muito alto porque fica desconfortável. Mas isso depende da pessoa. No dia a dia, prefiro tênis e sandália baixa.

Você acha que depois que entrou na novela das nove as pessoas passaram a abordá-la de maneira diferente, mais respeitosa?

Francisca Silveira

Sim, agora me chamam pelo meu nome ou de Estela. Tenho sido tratada de forma muito carinhosa, e tem acontecido com outros pequenos também. A novela tem feito com que conheçam mais sobre a realidade daqueles que têm nanismo.

Você se incomoda em ter que falar sempre sobre nanismo nas entrevistas?

Mariana Bastos

Não, mas me incomodo quando se referem com falta de respeito.

Quais são suas maiores dificuldades em ter nanismo no dia a dia?

Marcos da Rocha

Em alguns casos de nanismo, nós temos que tomar cuidado com a nossa coluna e com os nossos joelhos por causa do peso dos nossos membros. E tem ainda a grande dificuldade para alcançar coisas no alto, como as prateleiras no supermercado, os caixas eletrônicos... Mas nós sempre estamos na luta para ter uma vida dentro de uma sociedade em que possamos mostrar o nosso potencial profissional também. EXTRA ONLINE

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