Um exame inovador aprovado nos EUA promete revolucionar o diagnóstico do transtorno do espectro autista (TEA) em crianças. A tecnologia, criada com participação do neurocientista brasileiro Ami Klin, utiliza rastreamento ocular enquanto bebês assistem a vídeos, permitindo identificar sinais de autismo com mais agilidade.
Voltado para crianças entre 16 meses e 30 meses, o teste analisa, em tempo real, como elas reagem visualmente a diferentes estímulos. As informações captadas por câmeras são processadas por um sistema que reconhece padrões de atenção típicos ou atípicos. O laudo é emitido em cerca de 15 minutos.
O diagnóstico tradicional pode levar anos, atrasando o início de terapias fundamentais para o desenvolvimento. Com o novo método, clínicas móveis ampliam o acesso em regiões com menor estrutura. Já utilizado em 47 centros nos EUA, o exame tem custo de US$ 225 e o equipamento, de US$ 7 mil.
Aprovada em 2023, a tecnologia ainda aguarda liberação para uso no Brasil. O modelo tem potencial para ampliar o acesso ao diagnóstico precoce, permitindo intervenções mais eficazes e melhor qualidade de vida para crianças com autismo.