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SAÚDE - 01/03/2024

Bahia registra sétimo óbito por Dengue; especialista esclarece sintomas, tratamentos e aponta quais medicamentos podem agravar o quadro

Bahia registra sétimo óbito por Dengue; especialista esclarece sintomas, tratamentos e aponta quais medicamentos podem agravar o quadro

A Bahia já registra sete mortes por Dengue, sendo cinco delas na região sudoeste do estado. Somente este ano, foram notificados 16.771 casos prováveis de Dengue na Bahia e 64 municípios se encontram em epidemia, entre eles Brumado, Caetité, Vitória da Conquista, Anagé e outras cidades do sudoeste baiano. Os dados são da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB).

Tal cenário tem mobilizado a população para cuidados preventivos de combate à propagação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Mas como identificar os primeiros sintomas da Dengue? Quando é necessário buscar atendimento médico? Quais medicamentos devem ser evitados em caso de suspeita da doença?

De acordo com o médico especialista em Medicina Interna e Gastroenterologia, Mestre em Saúde Tropical, Irineu dos Santos Viana, a Dengue pode ser assintomática ou apresentar-se como uma doença febril leve e autolimitada, sendo a segunda a sua apresentação mais comum. “Os sintomas da Dengue são inespecíficos, assemelhando-se a outras viroses e incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares, dor retro orbitária (região atrás dos olhos), fadiga, erupções cutâneas, náuseas e vômitos”, explica o médico, que também é professor e coordenador do curso de Medicina da UniFG, campus Brumado, parte integrante da Inspirali, melhor ecossistema de educação em saúde do país.

Viana destaca, contudo, que uma minoria dos casos pode evoluir para uma forma grave, com possibilidade de levar ao óbito por choque hipovolêmico, insuficiência respiratória, hemorragias (Dengue Hemorrágica) e comprometimento de órgãos como miocardite, hepatite, colecistite ou pancreatite.

“Os sinais de alerta que indicam uma maior gravidade da doença são dor ou desconforto abdominal, vômitos persistentes, sangramentos de mucosas, edemas, sonolência, letargia ou irritabilidade, hepatomegalia (aumento do fígado) e hemograma revelando aumento do hematócrito e diminuição da contagem de plaquetas”, chama a atenção o professor.

Mas quando é necessário buscar um atendimento médico? Segundo Irineu, a população precisa buscar atendimento, inicialmente ambulatorial, caso apresente sintomas. “É necessário para que o paciente seja avaliado e classificado quanto à forma da sua doença, com orientações para reconhecimento precoce dos sinais de alerta, momento em que deverá retornar à unidade de saúde. Deverão ser hospitalizados aqueles com doença grave, que evoluem com sinais de alerta, os que tem outras comorbidades e os pacientes incapazes de se manterem hidratados com ingestão oral”, esclarece.

O professor ressalta, ainda, que em casos de suspeita de Dengue alguns medicamentos precisam ser evitados. “O uso de anti-inflamatórios não esteroidais como o ácido acetilsalicílico (AAS/Aspirina) e outros, como o Ibuprofeno, deve ser evitado, pois agem na agregação plaquetária, interferindo na coagulação sanguínea, podendo precipitar hemorragias e a forma grave da doença”, alerta.

 

Dengue x COVID-19

Paralelamente à epidemia de Dengue em muitas regiões brasileiras, um aumento de casos de COVID-19 também foi identificado no país após as festividades de final de ano e período de férias.

Ambas as doenças, de etiologias virais, possuem sintomas semelhantes e inespecíficos, muitas vezes dificultando o diagnóstico clínico. De acordo com Irineu Viana, uma das diferenças marcantes que pode ajudar no diagnóstico diferencial é o comprometimento inicial do trato respiratório, incomum na Dengue e frequente na COVID-19, como tosse, falta de ar e dor de garganta. Além disso, a perda de olfato e/ou do paladar pode ocorrer na COVID-19 e as erupções cutâneas, quando ocorrem, são mais comuns na Dengue.

“Vale salientar que, embora raro, existe a possibilidade da coinfecção, ou seja, o diagnóstico simultâneo das duas doenças. Exames complementares, como hemograma, prova do laço, pesquisa de antígenos virais, sorologias, PCR e isolamento viral por cultura celular podem ajudar no diagnóstico definitivo”, explica o médico.

 

Tratamento

Os cuidados se baseiam no alívio dos sintomas, com repouso, hidratação adequada, medicamentos para controle da dor e da febre, a exemplo do Paracetamol, e monitoramento rigoroso para detectar sinais precoces de gravidade. Segundo Viana, nos casos de maior gravidade, o internamento hospitalar é essencial para hidratação intravenosa, transfusão de hemoderivados (concentrado de hemácias e plaquetas) quando necessária e cuidados intensivos, com suporte ventilatório, em casos de insuficiência respiratória.

“É importante destacar que as condutas devem ser individualizadas, e a avaliação médica é fundamental para uma melhor orientação e evitar possíveis complicações da doença. Tão importante quanto o tratamento são as medidas de prevenção, visando reduzir a proliferação do Aedes aegypti e proteger as pessoas da picada deste mosquito. Além disso, no Brasil, duas vacinas foram liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Dengvaxia e a Qdenga, esta última recentemente incorporada ao Programa Nacional de Imunizações do SUS, destinada a grupos específicos da população brasileira”, finaliza o professor da UniFG/inspirali.


Sobre a Inspirali

Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos e 14 instituições – localizadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Natal – e importantes centros de desenvolvimento do país, como Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Tubarão (SC), Vespasiano (MG), Irecê? (BA), Jacobina (BA), Guanambi (BA) e Brumado (BA).

As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. O portfólio da Inspirali contempla também cursos livres e especializações focados na medicina integrativa e aborda temas relevantes no cenário global, a exemplo da pós-graduação em cannabis medicinal, primeiro curso na área certificado pelo Ministério da Educação (MEC). A aprendizagem digital ativa oferece recursos tecnológicos (robôs de alta fidelidade e realidade virtual e aumentada MedRoom) e apoio socioemocional, assim como as atividades práticas e o acompanhamento personalizado.

 

Sobre a UniFG

 

Com 20 anos de história completados em 8 de novembro de 2022, a UniFG desenvolve ensino, pesquisa e extensão através dos seus mais de 30 cursos de graduação ofertados nas cidades baianas de Guanambi e Brumado. Dona de conceito institucional máximo (nota 5) no Ministério da Educação (MEC), a UniFG é responsável pela formação de milhares de profissionais em diversas áreas do conhecimento.

Em 2020, a UniFG se integrou ao maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, que tem mais de 300 mil alunos e quase 20 anos de história. Em 2022, a instituição inaugurou um novo campus em Brumado e lá iniciou as atividades do primeiro curso de Medicina da região. Alunos de Medicina dos municípios em que a UniFG atua ainda contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica do país.

Atualmente, o centro universitário tem 18 cursos com notas 4 ou 5 na avaliaçao do MEC, entre eles, Direito, Estética e Cosmética e Odontologia, estes, que obtiveram nota máxima do órgão. Em 2022, recebeu 45 estrelas (distrituídas em 14 cursos) na edição do Guia da Faculdade, plataforma que avalia cursos de ensino superior país afora. Desde 2012 recebe o selo de instituição socialmente responsável, concedido pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), que reconhece instituições que promovem projetos sociais nas áreas de saúde, educação, cultura e meio ambiente, entre outros.

Saiba mais em www.centrouniversitariounifg.edu.br


GISELE ALMEIDA

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