Considerada um momento marcante na vida da mulher, a gravidez é um período que exige cuidados especiais desde os primeiros meses. Geralmente, a gestação é responsável por diversas mudanças no corpo e na mente da mulher, contudo, para que de fato continue sendo algo saudável, é importante contar com o acompanhamento de um obstetra.
Tendo o dia 12 de abril como data comemorativa, os obstetras são fundamentais nas mais diversas formas do acompanhamento gestacional, muitas vezes sendo responsáveis por gerir situações imprevistas. Eugênia Marques, Coordenadora de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Mater Dei Emec, ressalta a importância da especialidade. “A relação do médico obstetra com a paciente é considerada umas das coisas mais importantes para a construção da comunicação e confiança durante toda gestação e pós-parto”, pontua.
A especialista alerta que toda gestação pode envolver risco, portanto, é recomendável a procura de um médico da área para avaliação desde a suspeita da gravidez. “Todo obstetra é habilitado para lidar correntemente com o período completo da gravidez e pós-parto, além de ficar atento aos sinais de outras enfermidades, oferecendo um diagnóstico preciso e acompanhamento para a paciente”, explica.
Com a gestação confirmada, as futuras mães devem ser acompanhadas conforme o seu diagnóstico, recebendo as orientações necessárias a cada mês. Em geral, é recomendável uma alimentação nutritiva e balanceada, realização de exercícios físicos de baixo impacto, além dos exames relacionados periodicamente para que esse período se torne seguro para a mãe e o bebê.
O acompanhamento na gestação de alto risco
A gestação de alto risco é classificada como um período delicado e de extrema atenção pelos médicos. A paciente geralmente será encaminhada para um serviço especializado em segmento multidisciplinar que envolve várias orientações, recomendações e tratamentos a depender da doença e do risco inerente envolvido.
Essa condição está ligada diretamente ao diagnóstico de doenças antes e durante a gestação, como por exemplo: diabetes, hipertensão, lúpus, doença renal pós-fertilização in vitro ou doenças que se desenvolvem a longo da gestação.
Dra. Eugênia destaca que o acompanhamento médico irá depender exclusivamente desse diagnóstico. “Em geral, podemos dizer que as consultas são feitas em intervalos menores (e não mensal como na gestação de baixo risco). Os exames variam desde os laboratoriais aos mais específicos, como é o caso do controle da glicemia em diabéticas, acompanhamento da função renal em pacientes com problemas renais, medida da pressão constantemente em pacientes hipertensas, ultrassom para verificação do líquido e função placentária mensal, entre outros”, pontua a obstetra.
A importância do parto humanizado
Durante todo o período de gestação é indispensável o fornecimento de orientações e acompanhamentos sobre o tão aguardado parto, seja ele vaginal ou cesárea. Dessa forma, para que esse momento seja o mais tranquilo possível, a união de uma equipe de especialistas e boa infraestrutura passaram a ser essenciais na hora de dar à luz.
Para isso, o parto humanizado segue sendo uma das maiores causas defendidas por médicos obstetras e mães, pois, é através dessa assistência que a mulher recebe orientações de maneira respeitosa, tendo as suas escolhas ouvidas e compartilhadas de forma segura.
“A preparação para o parto humanizado inicia no consultório, recebendo informação de qualidade. Em determinado momento, orientamos a criação de um plano de parto onde a mulher registra os desejos e orientamos estudar o que pode ser planejado, criando um plano A, B, C e D” explica a médica.
Contudo, a profissional reforça que os pilares da humanização são o protagonismo do parto restituído à mulher, através de uma visão integrativa e interdisciplinar do parto e medicina baseada em evidência.