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SAÚDE - 14/12/2021

Fatores de risco para câncer colorretal aumentam após os 50 anos

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Fatores de risco para câncer colorretal aumentam após os 50 anos

O ex-jogador de futebol, Edson Arantes do Nascimento, o Péle, de 81 anos, está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para dar sequência ao tratamento do tumor de cólon de intestino. O caso de Pelé chama atenção para uma questão de saúde grave, que é o câncer colorretal. A doença é tratável e, na maioria dos casos, curável, quando detectado precocemente.

No entanto, é necessário ter atenção por conta da incidência. No Brasil, estimam-se, para cada ano do triênio de 2020-2022, 20.520 casos de câncer de cólon e reto em homens e 20.470 em mulheres, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer - INCA. Esses valores correspondem a um risco estimado de 19,63 casos novos a cada 100 mil homens e 19,03 para cada 100 mil mulheres.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de cólon e reto em homens é o segundo mais incidente nas Regiões Sudeste (28,62/100 mil) e Centro-Oeste (15,40/100 mil). Na Região Sul (25,11/100 mil), é terceiro tumor mais frequente. Enquanto nas Regiões Nordeste (8,91/100 mil) e Norte (5,27/100 mil), ocupa a quarta posição. Para as mulheres, é o terceiro tipo de tumor mais frequente no Nordeste (10,79/100 mil).
 
Embora qualquer pessoa possa desenvolver câncer colorretal, vários fatores estão associados a um risco aumentado para esta doença. "Alguns fatores de risco são modificáveis, como dieta, obesidade, falta de atividade física, uso de tabaco e uso moderado a alto de álcool. Embora a modificação desses fatores possa resultar em uma diminuição do risco de CCR, nenhum efeito da modificação é suficiente para reduzir a necessidade de rastreamento", explica a médica proctologista, Glícia Abreu (FOTO).

A médica salienta que outros fatores de risco não são modificáveis, como idade, história pessoal ou familiar de pólipos colorretais ou CCR, condições hereditárias, como a síndrome de Lynch, uma história pessoal de doença inflamatória intestinal, origens raciais e étnicas e a presença de diabetes tipo 2.

Segundo Glícia, é importante que as pessoas atentem para os sintomas sugestivos, como dor abdominal, perda de peso inexplicável, sangue nas fezes, massa palpável no abdômen são os sinais de alarme.
 
A proctologista destaca também um outro aspecto importante. "Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso", afirma.

O diagnóstico do câncer colorretal é feito geralmente por meio da biopsia de uma lesão existente no colón. Essa biopsia geralmente é feita por meio da colonoscopia. "A chance de desenvolver câncer colorretal aumenta acentuadamente após os 50 anos de idade, com 90% dos novos casos e 94% das mortes associadas ao CCR ocorrendo naqueles indivíduos com mais de 50 anos de idade" reforça Glícia.

Ela explica também que grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. "O tratamento é feito através da ressecção da lesão, seja por via endoscópica ou cirúrgica. Algumas lesões necessitarão de quimioterapia e radioterapia pré ou no pós-operatório/ ressecção", conclui a médica.

Por Carlos Baumgarten

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