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SAÚDE - 05/12/2020

Aborto espontâneo pode indicar problema na saúde da mãe

Aborto espontâneo pode indicar problema na saúde da mãe

Uma das causas do aborto espontâneo são algumas doenças que a mulher pode enfrentar durante a gravidez. Cerca de 10% das gestações diagnosticadas clinicamente terminam de forma espontânea até a 12ª semana, segundo o livro Tratado de Obstetrícia, dos autores e obstetras Carlos Antonio Barbosa Montenegro e Jorge de Rezende Filho.

 

Entre estes casos, estão a cantora Mariana Rios, que sofre de doença autoimune, e a jornalista Joanna de Assis, que descobriu ter trombofilia após perder o bebê na oitava semana de gestação. Ambas sofreram abortamento neste ano. A obstetra Viviane Santiago explica ao Bahia Notícias quais são essas enfermidades e cita cuidados que as gestantes devem tomar para evitar um aborto.

 

A especialista conta que ainda segundo os autores, de 15 a 20% das perdas naturais acontecem por questões genéticas. "Alguma alteração no bebê faz com que a natureza se encarregue de interromper essa gravidez". Além disso, aponta que problemas imunológicos ou de tireóide, alterações no colo do útero, localização do mioma ou doenças de base, como diabetes, hipertensão ou diabetes podem ser responsáveis por um aborto.

 

O primeiro sinal dado pelo corpo é o sangramento. A obstetra diz que deve ser observado se há cólica associada à dor. Mas alerta que deve ser necessária uma avaliação médica para descobrir a real causa dos sintomas, porque também é comum acontecer sangramento nas primeiras semanas. 

 

"A gravidez acontece na trompa. Depois vem o óvulo fecundado e vai se implantar no útero, o que chamamos de nidação. Nesse período, é comum haver cólica e um pouquinho de sangramento. Às vezes as pessoas confundem, acham que estão abortando mas não estão, é esse período da nidação", explica Viviane. No aborto, o fluxo de sangue é maior e há coágulos.

 

O risco passa a ser maior para gestantes a partir dos 35 anos. A obstetra diz que a partir desse momento são consideradas gravidez de alto risco, porque o óvulo tem a mesma idade da mulher. "É diferente do homem, que produz espermatozóide diariamente. A mulher já nasce com a quantidade de óvulos que vai ter durante a vida, não há renovação. O óvulo tem a idade da mulher. Então, quanto mais tarde, existe um risco um pouco mais aumentado". Mas, em todos os casos, o perído mais arriscado é durante as 12 primeiras semanas. 

 

A especialista aconselha que pessoas que sofrem de algum problema imunológico, de tireóide ou alguma patologia de base, como hipertensão ou diabetes, estejam com essas enfermidades controladas. "E bem acompanhadas, faça uso dos medicamentos... porque essas coisas podem interferir negativamente na gravidez e aumenta o risco de abortamento", aconselha a especialista.

 

A médica afirma que um aborto espontâneo não impossibilita uma nova gravidez. "Quem passou por um abortamento, originalmente, o principal motivo é por uma questão de seleção natural. O fato de ter passado por um abortamento não significa que a mulher tenha algum problema, Às vezes é porque o bebê, sim, tinha. E por isso a natureza se encarregou".

 

Só são considerados abortos de repetição os casos com três ou mais vezes seguidas. "Essas pessoas precisam passar por uma investigação ou avaliação. Às vezes precisam fazer uso de uma vacina porque essas questões imunológicas podem interferir", conta.

 

Para evitar o problema, a obstetra diz que o ideal é o planejamento da gravidez. "Que seja feita uma consulta com o ginecologista antes pra fazer os exames, checar que está tudo bem, saber se precisa fazer algum tipo de correção, usar alguma medicação... para depois liberar para engravidar". 

 

Viviane orienta começar a fazer os exames logo após descobrir a gestação. "Às vezes precisa fazer uma complementação hormonal para evitar que tenha o sangramento no início. Além disso, reforça a indicação aos bons hábitos de saúde: "boa alimentação, atividade física regular, trabalhar o emocional e fazer acompanhamento médico". Informações por Bahia Notícias

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