Unir a tradição à segurança é um dos desafios para quem ama as festas juninas. Neste período, a atenção com fogueiras, fogos de artifícios e a preparação de alimentos deve ser redobrada para evitar a ocorrência de acidentes por queimaduras.
As crianças e as pessoas entre 30 e 49 anos são aquelas sob maior risco, devido a falta de conhecimento e o uso inadequado de fogos, é o que alerta o emergencista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Matheus Dória.
“A proximidade com as chamas das fogueiras pode resultar em queimaduras graves, a própria brasa ou calor, a depender do tipo de exposição também pode causar danos. A explosão de fogos e o contato com as faíscas também podem gerar lesões. Temos também um outro problema, que ganha notoriedade nesta época, o uso de balões e espadas que podem provocar ferimentos graves e extensos”, relatou.
Caso ocorra um acidente por queimadura, a orientação do especialista é analisar a cena, para saber se é possível interferir sem sofrer danos. O segundo passo é tirar o paciente da fonte de calor e resfriar a área com água em temperatura ambiente.
“Se aparecer bolha, não é para estourar. Outra coisa intuitiva que as pessoas costumam fazer é querer usar água gelada, mas não é o correto, porque isso também pode agravar a lesão. Não deve ser utilizado pasta de dente, manteiga, borra de café, óleo, pomada ou qualquer substância caseira no local porque pode estimular a proliferação de bactérias e levar a perda dos membros”, pontuou.
A esses pacientes, o SAMU disponibiliza orientações por meio da regulação médica através da ligação para o 192. E a depender da extensão da queimadura, é enviada a equipe com a ambulância para realizar os cuidados necessários.
“É preciso analisar a extensão dessa queimadura e a mobilidade. Observar se a lesão comprometeu os membros, como pés e mãos, e também as áreas consideradas nobres, como a região da face, do pescoço e do tórax. Nessas situações, é importante fazer contato com o 192”, destacou.
Em Feira de Santana, o número de atendimentos envolvendo esse tipo de situação é considerado baixo. Conforme os dados do SAMU, nenhum caso foi registrado de janeiro até maio. Em 2022, apenas nove foram contabilizados.
Por Secom