Durante o 1º Encontro Virtual dos Comitês para os Direitos Sociais da África e da América, o papa Francisco ressaltou que a principal missão dos magistrados é promover a igualdade e que, sem isso, a Justiça perde a razão de existir.
O papa ainda convidou os juízes a fazer uma reflexão sobre o papel deles na sociedade, uma atividade que, segundo o religioso, ajuda a manter o foco no que é verdadeiramente prioritário.
"É importante fazer uma pausa em seu trabalho do dia a dia para pensar em si mesmo. Estou certo de que essa prática lhes ajudará a adquirir uma dimensão mais completa de sua missão e responsabilidade social", disse o pontífice.
"Quando a Justiça é verdadeiramente justa, aquela Justiça torna os países felizes e seus povos dignos. Nenhuma sentença pode ser justa, nenhuma lei é legítima se o que gera é mais desigualdade, se o que gera é mais perda de direitos, indignidade ou violência", acrescentou.
O papa Francisco comparou o trabalho dos magistrados africanos e americanos ao dos poetas, vendo a necessidade da prática da contemplação como um ponto em comum entre duas atividades aparentemente tão distintas.
"O poeta precisa contemplar, pensar, compreender a música da realidade e moldá-la com palavras. Vocês, juízes, em cada decisão, em cada sentença, estão diante da feliz oportunidade de fazer poesia: uma poesia que cura as feridas dos pobres, que integra o planeta, que protege a Mãe Terra e todos os seus descendentes. Uma poesia que repara, redime e nutre", afirmou Francisco.
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