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POLÍTICA - 21/11/2019

Aprovação da prisão após 2ª instância só sai se houver cobrança da população, diz senadora

Aprovação da prisão após 2ª instância só sai se houver cobrança da população, diz senadora

A senadora juíza Selma Arruda (Podemos-MT) afirmou, nesta quinta-feira (21), que é preciso cobrança da população para que o Congresso Nacional consiga aprovar um projeto que autorize a prisão após condenação em segunda instância. Em entrevista ao Jornal da Manhã, ela avaliou que alguns parlamentares devem resistir, mas que o apoio da sociedade pode ser a chave para a efetivação da proposta.

“Sabemos que vai haver resistência. Tivemos até embates prévios quando estávamos votando a PEC Paralela, por exemplo, nessa semana. Sabemos que vai haver resistência, mas cremos que a maioria vai votar pela aprovação e que, na Câmara dos Deputados, acontecerá da mesma forma. Por isso, pedimos que a população permaneça cobrando dos congressistas, é um desejo nacional. O povo brasileiro está indo às ruas pedindo isso, com uma sensação de indignação com a impunidade gerada pela decisão do Supremo Tribunal Federal [STF]. Por isso penso que há possibilidade de aprovação”, disse.

Com o auxílio da população, Selma acredita que dificilmente algum parlamentar terá coragem de votar de forma contrária ao projeto. “Existe um pré-acordo entre os líderes dos principais partidos para que isso seja aprovado no Senado e na Câmara mas, independente dessa articulação, eu acredito que dificilmente um congressista vai ter coragem, principalmente com voto aberto, de votar contra seus próprios eleitores”, declarou.

Nova proposta conta com a ajuda de Moro

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal retirou, nesta quarta-feira (20), a proposta do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) de pauta – uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera um trecho da Constituição – para dar lugar a um projeto de lei formulado por senadores com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

“Optamos por esse caminho para termos um meio mais rápido de dar essa resposta à sociedade, Não estamos mexendo no conceito de culpa, de trânsito em julgado, mas no efeito de recurso. Ou seja, um recurso que antes suspendia o andamento do processo e a execução da pena, agora não terá mais esse efeito. Terá apenas efeito devolutivo, que é dar ao Judiciário novamente o direito à discussão”, explicou a senadora. JOVEM PAN 

A proposta será discutida em uma audiência pública, provavelmente com a presença de Moro, na próxima terça-feira (3).

 JOVEM PAN

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