O deputado federal Ricardo Maia (MDB) foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) pelo sumiço de aproximadamente R$ 160 mil que foram destinados pelo Fundo Nacional da Educação para custear o transporte escolar em Ribeira do Pombal entre 5 de janeiro e 8 de dezembro de 2016, ano em que foi reeleito para comandar a cidade situada na região sisaleira. Além de obrigado a devolver aos cofres públicos o valor, com juros de mora e correção monetária ao longo de quase nove anos, Maia terá que pagar também multa de R$ 54 mil por causa das irregularidades no uso de verbas enviadas pelo governo federal.
Novela repetida
Desde que ascendeu ao poder, Ricardo Maia tem acumulado denúncias em série. Somente no TCU ele já respondeu a quatro processos por irregularidades com recursos transferidos para Ribeira do Pombal por meio do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate). Em abril de 2016, Maia foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Águia de Haia por participar da teia de corrupção e fraudes em licitação envolvendo verbas do Ministério da Educação transferidas para mais de 20 municípios baianos.
De todos os lados
Em 11 de junho deste ano, o MP da Bahia ajuizou ação penal contra o deputado do MDB por supostos desvios em um contrato firmado sem licitação com o Instituto Municipal de Administração Pública quando governava a cidade, hoje gerida por Eriksson Silva (MDB), apadrinhado de Ricardo Maia. No mesmo compasso, ele foi denunciado por uma série de gastos suspeitos bancados pela Câmara. Também está entre os parlamentares que entraram na mira do MPF por causa das chamadas emendas Pix, incluindo, as destinadas por ele para o município de Tucano, governado por seu principal herdeiro político, Ricardo Maia Filho, também do MDB.