A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta sexta-feira (23), três mandados de busca e apreensão da 50ª fase da Lava Jato, batizada de Sothis II. Nesta manhã, as ordens judiciais são cumpridas em Salvador, na Bahia, e em Campinas e em Paulínia, no interior de São Paulo.
A nova etapa, de acordo com a PF, é um complemento às investigações da 47ª fase da operação. A 47ª fase investiga corrupção e lavagem de dinheiro a partir de contratos da Transpetro, subsidiária da Petrobras.
O G1 apurou que o alvo de busca e apreensão em Salvador é Ana Zilma Fonseca de Jesus - esposa do ex-gerente da Transpetro José Antônio de Jesus. Ele foi preso na 47ª fase, investigado por negociar R$ 7 milhões em propina.
Em São Paulo, os alvos são empresas investigadas na operação.
Ex-gerente da Petrobras José Antônio de Jesus, preso na 47ª fase da Lava Jato (Foto: Giuliano Gomes/PR Press )
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), um dos focos da atual investigação é a empresa do ramo de engenharia Meta Manutenção e Instalações Industriais Ltda, suspeita de pagar mais de R$ 2.325.000,00 em propina para o ex-gerente da Transpetro.
Ainda de acordo com o MPF, as investigações da Operação Sothis tiveram início com a colaboração premiada de executivos da NM Engenharia, que relataram o pagamento de propinas ao ex-gerente da Transpetro, derivadas de contratos celebrados com a estatal.
Foi deflagrada, então, a 47ª fase da Lava Jato, em 21 novembro de 2017. À época, além do mandado de prisão temporária contra José Antônio de Jesus, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva.
Um dos investigados, acrescentou o MPF, relatou a existência de outros pagamentos indevidos para José Antônio de Jesus, especialmente provenientes da empresa Meta.
Com base nas informações recolhidas na 47ª fase, as investigações continuaram: houve quebra de sigilos bancário, fiscal, telemático e de registros telefônicos.
A força-tarefa da Lava Jato apurou a existência de transações bancárias entre a Meta Manutenção e uma empresa vinculada a José Antônio de Jesus. Foram encontradas, entre os anos de 2009 e 2011, transferências bancárias que somaram R$ 2.325.000,00.
As provas colhidas até o momento indicam ainda que, logo depois da transferências dos recursos pela Meta Manutenção, familiares de José Antônio de Jesus foram favorecidos com operações bancárias diretas da empresa vinculada ao ex-gerente da Transpetro.
Para o MPF, a empresa foi usada "apenas para esconder a origem ilícita dos valores".
As buscas e apreensões cumpridas nesta sexta-feira têm, conforme o MPF, o objetivo de colher material probatório para auxiliar a conclusão das investigações.
As ordens judiciais foram expedidos pelo Juízo Federal da 13ª Vara Federal de Curitiba. O G1 tenta contato com os citados. G1
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