Em uma reviravolta surpreendente, a Justiça Eleitoral determinou o arquivamento da acusação de crime eleitoral contra o ex-deputado Targino Machado, que resultou na cassação do mandato em 2020.
De acordo com decisão da juíza Sebastiana Costa Bonfim e Silva, "não há provas suficientes para definir autoria delitiva". Esta foi a justificativa para o arquivamento do inquérito policial instaurado na época.
Em coletiva na manhã desta segunda-feira (29), Targino Machado anunciou a decisão e informou que vai buscar a Justiça para garantir seus direitos.
"Foram muitas madrugadas em claro e de choro. Mas, graças a Deus, justiça foi feita. Apesar do sofrimento, sempre alimentei a minha fé. Que nunca mais se cometa uma injustiça dessa com ninguém. Já contratei advogado. Ações contra o Estado", enfatizou Targino, não conseguindo segurar o choro.
Entenda o caso
No mês de outubro de 2020, o Tribunal Superior Eleitoral cassou o mandato do deputado estadual Targino Machado, na época eleito pelo Democratas - hoje, União Brasil. O TSE entendeu que o então candidato usou a profissão de médico para estabelecer um esquema filantrópico de atendimento que proporcionasse visibilidade eleitoral, o que é classificado como abuso de poder econômico e fere a legislação eleitoral. Além da cassação, o TSE definiu sua inelegibilidade por oito anos. Os ministros entenderam que o uso da filantropia foi desproporcional e gerou desigualdade para com os demais candidatos. Uma auditoria da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) teria apontado suspeita de troca de votos por atendimentos médicos.
Por Protagonista FSA/Augusto Ferreira