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GERAL - 22/11/2021

De profissionais do mercado a geradoras de um negócio com propósito: as sócias da Mimo contam como trouxeram o live commerce para o Brasil

De profissionais do mercado a geradoras de um negócio com propósito: as sócias da Mimo contam como trouxeram o live commerce para o Brasil

Duas profissionais do mercado brasileiro. Duas vontades de criar um negócio com propósito. A publicitária Monique Lima já tinha uma familiaridade com startups, já que sua família investe no assunto. Ela deixou um emprego em uma grande agência e se juntou à Etienne Du Jardin, empreendedora e executiva experiente que atua há mais de 10 anos no ecossistema de inovação. Unida, a dupla alçou voo rumo a um novo jeito de vender e de comprar. A união dessas mentes e talentos, junto à identificação de um mercado com oportunidades de crescimento, deu vida à Mimo Live Sales, plataforma digital que promove o live commerce, que une venda, interação e entretenimento online e em tempo real com o consumidor, pretende democratizar essa prática no País.


A empresa, cujo nome significa "Make Incredible Moments Online" em inglês, nasceu em plena pandemia, em junho de 2020, justamente em um momento no qual o varejo sofria na carne os efeitos do isolamento social e lockdown, com as vendas minguando. "Nós ficamos pensando em como as marcas poderiam interagir de forma mais próxima com os consumidores", explica Monique Lima, CEO da startup. A solução estava lá do outro lado do mundo, na China, onde o mercado de shopstreaming - ou live shop - é o maior do mundo e movimenta cerca de US$ 200 bilhões, com gigantes como o aplicativo Tao Bao, pertencente ao Alibaba.

Porém, pelas diferenças de comportamento de consumo entre o público chinês e o brasileiro, o desafio era tropicalizar o modelo asiático para o nosso público consumidor. A primeira decisão foi criar uma solução web-based, onde a experiência dos consumidores fosse muito simples e de baixo custo: qualquer pessoa com um celular e internet pode participar da experiência de live commerce, sem necessidade de baixar um aplicativo para poder comprar ou vender. "Além disso, o público daqui é early adopter de social medias, e por isso desenvolvemos junto ao cliente um storytelling para guiar cada live, fazendo desse momento um evento que mescla tecnologia, boas oportunidades e entretenimento para estimular a compra", afirma Etienne Du Jardin, CPO da empresa.

Com a evolução do modelo de negócios e rápida resposta positiva do mercado, não tardou para que a Mimo avançasse com o lançamento da versão whitelabel de sua tecnologia, que permite que a marca faça a live de vendas dentro dos seus canais próprios - dando assim 100% de autonomia para as empresas acessarem a plataforma, fazerem o cadastro de seus produtos, aplicarem os descontos e fazer acontecer. "As marcas conseguem transmitir sua live sem depender do nosso back office, graças à estrutura simples que envolve a produção", analisa Etienne.

Modus operandi

As lives shop das marcas são produzidas com a curadoria do time da Mimo. A preparação começa bem antes da transmissão ao vivo. A startup pega na mão da empresa cliente e a conduz pela nova jornada de vendas pela internet, sendo uma verdadeira guia com dicas para a realização de uma experiência virtual bem-sucedida. "Nós passamos todo conhecimento que temos em um manual de "como vender via live", criado através da experiência que adquirimos fazendo lives para diferentes marcas e segmentos desde junho de 2020. A intenção é de que a marca realize a melhor live possível e fature bastante com isso", aponta Monique.

Durante cerca de uma hora, tempo médio de duração de uma ação de live commerce, a empresa tem a oportunidade de interagir em tempo real com seus clientes e potenciais novos compradores, apresentando conteúdos alinhados ao universo dos produtos vendidos, além de ter um feedback contínuo sobre o que está sendo apresentado por meio das interações com a audiência por meio de chat.

Para garantir que esse período seja leve, agradável e que prenda a atenção dos participantes, a chave para uma venda consistente na live está na presença de um host com boas habilidades de comunicação e pitch de vendas. Mas não é preciso investir grandes valores para tanto: assim como acontece na rotina das mídias sociais, os empreendedores responsáveis pelas marcas ou vendedores das tradicionais lojas físicas da empresa podem fazer as vezes de anfitrião. Há, contudo, aqueles que optem pela contratação de influenciadores digitais, que variam de perfis nano e micro até aqueles com volume de seguidores que ultrapassam a casa do milhão.

"É importante que quem esteja à frente da câmera do celular tenha espontaneidade e jogo de cintura para lidar com a transmissão ao vivo. E essa é uma habilidade característica do brasileiro, portanto, as marcas podem e devem testar o formato que tem mais sinergia com o seu perfil, sem medo. A graça das Lives está exatamente no desapego às produções grandiosas em benefício da espontaneidade e do ‘olho no olho’ que tanto apreciamos na nossa jornada de consumo", destaca Etienne.

E, de fato, nesses pontos de encontro de vendas virtuais, uma das grandes vantagens é a conexão direta com uma audiência qualificada, que acaba sendo ativada por um funil de informações logo no anúncio da live. Ao contrário do que muitos pensam, não é preciso ter um grande volume de participantes conectados, muito pelo contrário. "Se a empresa contar com 100 pessoas que querem comprar seus produtos, já cumpriu seu objetivo. Na loja física, o vendedor jamais teria condições de atender essa quantidade de pessoas nesse período curto", enfatiza Monique.

Com uma mentalidade a favor do ganha-ganha, Monique reforça que a intenção foi formatar um modelo de negócios que fosse benéfico para todas as pontas. A cada live realizada por uma grande empresa, em média 20 pequenos negócios procuram a Mimo para promover seus produtos por esse tipo de canal de vendas.

Passos firmes

Com cerca de 18 meses de atividades no Brasil, a Mimo se tornou autoridade no assunto como a plataforma de live commerce referência na experiência omnichanel, onde o streaming, o chat e a compra acontecem na mesma tela, sem redirecionar o consumidor para outro local nem para finalizar a compra.

Com a natureza de uma startup, a empresa realizou em novembro de 2020 uma rodada de negócios, na qual captou mais de R$ 2 milhões de investidores de peso, cujo pool reúne nada menos do que publicitário Nizan Guanaes, o também publicitário Ricardo Dias, referência em inovação, Camila Salek referência em tecnologia e varejo e Mark e Zoe Yuan - os maiores especialistas do mundo em live commerce - além de outros grandes executivos do mercado de publicidade, finanças, Big Data, marketing de influência e inovação. E o interesse na Mimo segue aquecido: em abril deste ano a apresentadora Sabrina Sato se juntou ao time de "anjos" da startup.

Do lado dos clientes da Mimo, o número de marcas que se renderam a esse tipo de modalidade de venda não para de crescer. Vão desde gigantes do setor varejista de moda, como C&A, rede de lojas de brinquedos como a Ri Happy, assim como indústrias de consumo como a P&G e Johnson & Johnson, nomes conhecidos do mercado de beleza como Dermage e Laces, até marcas de luxo como Dolce Gabbana, Missoni, Givenchy, entre outras. E já atingiu também o agronegócio, com a Bayer.

"Nosso objetivo é sempre empoderar da melhor maneira as marcas para que possam escalar suas vendas através de Live Commerce. Tudo de uma maneira leve e fluida", finaliza Monique.
Por Assessoria

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