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FEIRA DE SANTANA - 19/01/2025

A trajetória política de Hermes Sodré: O "marechal" que marcou a Câmara Municipal de Feira de Santana

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Hermes Sodré, nascido em 10 de maio de 1921 na Fazenda Jacu, em São José das Itapororocas, hoje distrito de Maria Quitéria, teve uma vida marcada pela superação e pelo trabalho. Filho de Silvestre Sodré da Silva e Julieta das Virgens de Jesus, começou a vida profissional ainda muito jovem. Aos 12 anos, durante uma seca prolongada na Bahia, Hermes acompanhou seu pai em uma jornada para transportar açúcar, o que marcou o início de sua trajetória como trabalhador. Aos 16 anos, foi convidado a trabalhar na usina de um comerciante local e, mais tarde, na cidade, onde exerceu várias funções, incluindo a de vendedor de água e técnico rural.

Aos poucos, Hermes foi acumulando experiência no campo dos negócios, como pecuarista e comerciante de animais, e também na política. Em 1946, ele fez sua primeira filiação partidária, ingressando no PR, onde conheceu figuras como Heráclito Dias de Carvalho. Com o tempo, migrou para outros partidos, como o PSD e o MDB, e obteve sucesso em sua vida pessoal e profissional, até que, em 1976, se elegeu vereador de Feira de Santana.

Como vereador, Hermes se destacou por seu trabalho voltado para a melhoria da educação e infraestrutura no município, conseguindo, por exemplo, a construção de várias escolas para o distrito de Maria Quitéria. Além disso, foi responsável pela contratação de 32 professores e 30 zeladores, e contribuiu para melhorias nas estradas vicinais da região. Sua atuação política foi reconhecida também pelo seu estilo de liderança, que o levou a ser conhecido como o “marechal”, em referência ao marechal Hermes da Fonseca. Essa liderança o colocou como o único aliado do prefeito Colbert Martins da Silva durante sua primeira gestão, quando, apesar da oposição de outros vereadores, o “marechal” foi fundamental para garantir a aprovação das propostas do prefeito.

Sua popularidade, entretanto, também foi consolidada por episódios marcantes em sua vida pessoal, como o famoso desafio para beber um litro de uísque e a história que envolveu sua quase morte após a ingestão da bebida. Outro episódio folclórico ocorreu quando ele, em meio a uma sessão na Câmara, teve dificuldades para votar sobre a extinção do feriado de São Pedro, pois, como católico fiel, não sabia como justificar sua decisão.

Hermes Sodré faleceu, mas seu nome permanece vivo na memória dos feirenses, especialmente entre os mais velhos, que lembram com carinho das suas contribuições à cidade e das histórias que marcaram sua trajetória política. Hoje, sua memória continua a ser relembrada com respeito, evidenciando o impacto que teve na política de Feira de Santana.

Por Jornal Grande Bahia

Carlos Augusto

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