Além da falta de remédios e insuficiência de profissionais médicos, o posto de saúde do Município no bairro Rua Nova vem extrapolando o número preconizado pelo CREMEB (Conselho Regional de Medicina) para atendimentos diários de pacientes, segundo denúncia, na Câmara, do vereador Sílvio Dias (PT). Ele disse na sessão de hoje que, enquanto o órgão fiscalizador da atividade orienta que 16 pessoas devem ser atendidas por turno, pelo médico de serviço, a média cumprida ali tem sido superado em aproximadamente 50% mais, em torno de 24.
Pelos cálculos do vereador, com esse quantitativo exagerado, cada atendimento dura cerca de apenas 10 minutos. "Se considerarmos que há pacientes idosos, com deficiência ou mobilidade reduzida, cai para uma média de sete minutos. Dessa forma, não há como humanizar e proporcionar eficiência no serviço". Em razão deste quadro, conforme o petista, há reclamações das pessoas pela forma como elas têm sido assistidos, com consultas rápidas e sem a devida atenção.
Os médicos seriam orientados a "não resolver problema de imediato". Devem prescrever exames e, assim, ampliar as fichas de atendimento. Como a empresa (terceirizada, responsável pela gestão da unidade), assinala o vereador, "recebe por quantidade de pessoas assistidas, os médicos são obrigados a assim proceder".
Por Ascom