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ESPECIAL - 16/02/2018

Aceitar a menstruação é conectar-se com nosso sagrado feminino

Aceitar a menstruação é conectar-se com nosso sagrado feminino

É crescente a quantidade de meninas e mulheres que optam por não menstruar e tomam anticoncepcionais de uso contínuo ou acoplam chips com combinações de hormônios sintéticos aos seus corpos. Muitas o fazem somente por vaidade – o chip com testosterona faz a mulher ganhar músculos, perder gordura e celulite –, outras, para não sofrerem com a TPM ou por qualquer outro motivo.

Fato é que menstruar é um verdadeiro centro de recursos. O verdadeiro poder da mulher – o sagrado feminino – está nas quatro fases do ciclo menstrual, não em renunciá-lo por vaidade. Abrir mão da menstruação pode não ser assim tão interessante.

Segundo Miranda Gray, autora de vários livros sobre o sagrado feminino, uma mulher que toma consciência do próprio ciclo e das energias inerentes contidas nele aprende a perceber um nível de vida muito além do visível: mantém um vínculo intuitivo com as energias do universo, o nascimento e a morte, sente a divindade dentro da terra e de si mesma.

O universo se compõe basicamente de quatro elementos, quatro ciclos, quatro estações e quatro direções, sendo todas elas interligadas. A mulher é sabidamente cíclica, tem a energia feminina da lua e possui um período menstrual de quatro fases, sendo por ele altamente influenciada.

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A verdade é que, além de a menstruação servir como uma limpeza do órgão reprodutivo feminino e reforçar as defesas do organismo graças ao estrogênio natural, ela é uma fonte de criatividade, espiritualidade, intuição e autoconhecimento. É a fonte dos nossos poderes – como divindades –, sendo o ápice o de gerar uma vida.

As mulheres que possuem um ciclo natural e, portanto, não utilizam métodos artificiais, normalmente “têm a sua lua” (menstruam) na lua nova. A menstruação é um chamado do nosso corpo ao recolhimento, assim como a lua nova é um período de introspecção, propício ao retiro e à reflexão. A lua cheia proporciona expansão e, se nossos corpos estão em sintonia com as energias naturais, é o período em que estaremos férteis.

Em diversas tradições ancestrais, as mulheres em suas luas se recolhiam para se renovar, sendo honradas como mães da energia criativa. As nativas norte-americanas se juntavam nas chamadas tendas da lua para sonharem juntas – é o período em que a mulher sonha mais.

Era o momento do recolhimento sagrado de contemplação no qual honravam os dons recebidos; compartilhavam visões, sonhos, sentimentos; conectavam-se com suas ancestrais e sábias da tribo. Eram elas que sonhavam por toda a tribo, devido ao poder visionário despertado nesse período.

Infelizmente, esse poder feminino foi dilacerado por anos, e fomos até chamadas de bruxas, assim afastando cada vez mais nós, mulheres, de nosso poder divino.

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A mulher ocidental do século 21 é moderna, independente, intelectual, mas, ao querer de algum modo se igualar aos homens, acabou por se desconectar da deusa interior, que tem todas as respostas.

Feministas de plantão, não interpretem mal! A questão é justamente o resgate coletivo da essência e da força da energia feminina, tão devastadas pela sociedade patriarcal. As palavras aqui são sororidade e união. Chega de competirmos umas com as outras. Unamo-nos!

Não há problema algum em resgatar essa conexão junto àquelas que não têm útero ou são trans. É uma questão de energias yin-yang: basta sintonizar.

A sugestão é para aquelas que optam por métodos artificiais, muitas vezes sem saber o poder que estão jogando fora.

A TPM pode significar o desconhecimento do próprio corpo, do próprio ciclo. Se estivermos conscientes de cada fase dele, usaríamos esse momento a nosso favor, como energia criativa. É necessário nos conhecermos para exigirmos compreensão dos nossos companheiros(as).

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Dividindo o ciclo em dois, temos a fase folicular, que acontece no momento da ovulação, e a fase lútea, que começa após o momento da ovulação e vai até a menstruação.

Normalmente – impossível generalizar as mulheres –, na fase folicular, o nosso hemisfério cerebral esquerdo (lado masculino) está mais ativo, e isso nos traz uma fluidez verbal, raciocínio mais lógico. Nossa energia fica no ápice da criatividade, ficamos extrovertidas e sociáveis.

É nesse período que muitas mulheres liberam ferormônio, pois estão no clímax do desejo, da sensualidade e da fertilidade. Ótimo momento para iniciar projetos.

A fase lútea nos convida a reduzir o ritmo, descansar, refletir… Estamos mais sintonizadas com a sabedoria interior, pois o hemisfério cerebral direito é o que está mais apurado.

Nossa intuição fica mais aguçada, e também é a época em que mais sonhamos e ficamos mais introspectivas.

Fato é que mulheres são seres divinos, incompreensíveis e mágicos. Somos muitas versões em uma só.

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Vale reavaliar o uso indiscriminado de hormônios sintéticos por questões supérfluas. Algumas mulheres que tomam testosterona estão cada vez mais masculinizadas, não sabem qual vai ser o efeito a longo prazo. Tudo isso para quê? Por uma celulite a menos? Para se adequar aos padrões ilusórios das revistas? Homem gosta é de mulher, de seus corpos naturais e suas fases loucas.

Existem muitas alternativas naturais usadas para abrandar os sintomas da TPM e como anticoncepcionais, basta se conhecer e ver o que funciona melhor para você.

A ideia é que possamos olhar para nós mesmas com amor e compreensão, honrando nosso ciclo, nossa lua, redescobrindo um poder inato, resgatando a deusa, a selvagem, a mulher. E, assim, nutrir, embelezar, florescer e perfumar, com nossa delicadeza e carinho, tudo e todos à nossa volta.

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METRÓPOLES/ BELA LIMA

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