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EDUCAÇÃO - 29/05/2022

Professores da Uefs paralisarão as atividades e farão ato público na próxima terça-feira (31

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Professores da Uefs paralisarão as atividades  e farão ato público na próxima terça-feira (31

Os professores da Uefs irão paralisar as atividades acadêmicas na próxima terça-feira (31). Nesta data, a categoria fará um ato público às 9h, em frente ao Núcleo Territorial de Educação do Portal do Sertão, antiga Diretoria Regional de Educação e Cultura (Direc), na avenida Presidente Dutra. A proposta dos docentes é usar a área onde funciona um órgão do Estado para, mais uma vez, cobrar ao governo Rui Costa o diálogo sobre a pauta. A mobilização foi aprovada em assembleia realizada em 19 de maio. No dia 31 deste mês também haverá protesto dos docentes das universidades estaduais de Santa Cruz (Uesc), do Sudoeste da Bahia (Uesb) e do Estado da Bahia (Uneb).

A expectativa dos professores é, no dia do ato público, à tarde, serem recebidos pelo secretário estadual da Educação em exercício, Danilo de Melo Souza, para organizar o calendário de negociação. Nesta semana, a coordenação do Fórum das ADs, entidade que reúne as diretorias das associações docentes das quatro universidades estaduais baianas, protocolou ofício solicitando uma reunião com o chefe da pasta. O documento também foi entregue no gabinete da presidente da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Fabíola Mansur. Os diretores devem organizar uma vigília no local do encontro com o secretário, em Salvador, caso este aconteça.

Já são pouco mais de 900 dias sem informação sobre a mesa permanente de negociação estabelecida formalmente com a categoria durante a greve de 2019, mas suspensa de forma desrespeitosa pelo governo estadual. Desde então, os professores reivindicam a retomada do diálogo, mas são ignorados. A pauta de reivindicação de 2022, protocolada em 21 de dezembro de 2021, também reforçou a necessidade de restabelecimento desta mesa, mas nenhuma reunião de negociação foi, até então, agendada. 

Enquanto se nega a dar respostas às reivindicações dos docentes, os gestores públicos mantêm a política de cerceamento dos direitos previstos em lei, subfinanciamento das universidades, desrespeito à autonomia dessas instituições de ensino superior e aprovação de reformas que retardam a aposentadoria do servidor público. Violados, os professores recorrem à Justiça para ter garantido o que está previsto na legislação.

A categoria também sofre com o arrocho salarial. O governo Rui Costa não paga o reajuste linear aos professores desde 2015; impondo-lhe uma perda salarial de 47,1%. Os docentes têm tentado extrapolar todas as vias de negociação, antes de avaliar a radicalização da luta. No entanto, caso o futuro seja de apreciação do indicativo de greve, a culpa será do governo Rui Costa.

 

Feira de Santana (Ba), 27 de maio de 2022

 

Assessoria de Comunicação


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