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COMPORTAMENTO - 02/02/2019

Sexo aos 15, 30, 60 anos: entenda a diferença do comportamento sexual

Sexo aos 15, 30, 60 anos: entenda a diferença do comportamento sexual

Durante toda a vida, o corpo passa por muitas transformações. O que era fácil aos 20 e poucos anos pode se tornar difícil com o tempo. O envelhecimento e as transformações físicas também influenciam a vida sexual, mas isso não é necessariamente algo ruim. O Metrópoles convidou sexólogas para esclarecer as mudanças durante diversas fases da vida e como isso afeta as relações íntimas.

Sobre o início da vida sexual, a terapeuta sexual Luísa Miranda aponta que a ereção do pênis e do clítoris podem ser percebidos desde a existência no útero materno. “E continuam a ocorrer na infância e nas diversas outras fases, caso não haja um problema fisiológico. Socialmente, a masturbação é um comportamento sexual que diz muito sobre o processo de descoberta e pode influenciar em como o adolescente e adulto se percebem, principalmente se houver repressão dos pais acompanhada de uma educação sexual rígida”, explica.

Apesar de a sexualidade humana ser desenvolvida desde o feto, a educadora sexual Karol Rabelo indica que é apenas na puberdade que o desejo sexual começa a ser desenvolvido. “As descobertas surgem principalmente na pré-adolescência. Em média, aos nove anos, começam a nascer os pelos pubianos. Então inicia-se um processo com aumento do pênis, testículo, saco escrotal, seios e curvas. Os adolescentes começam a se tocar e perceber o prazer naquilo, o que dá início a prática sexual com cunho de desejo”.

Luísa acrescenta que algumas mudanças variam conforme a cultura onde a pessoa se desenvolve. “Ou seja, não existe exatamente um padrão, porém, a educação familiar e religiosa é muito relevante nesses comportamentos físicos e emocionais”.

Dos nove até os 24 anos, o corpo passa por muitas alterações, em especial na formação dos órgãos genitais. “O pênis atinge o tamanho mais preciso a partir dos 18 anos. Nessa idade, a sensibilidade do clítoris e dos seios também aumenta. Todo o corpo vai se transformando e esse pode ser um período de frustrações por causa das imposições sociais”, revela Karol.

Para a educadora, a adolescência é um dos períodos mais críticos da vida sexual, por conta das mudanças hormonais e corporais. “Os adolescentes não entendem o que estão vivendo, ficam cheios de perguntas e os pais costumam não discutir o assunto. Eles acabam aprendendo na internet e em conversas entre eles. A curiosidade faz com que o ato sexual seja cada vez mais antecipado e existe uma espécie de cobrança social de que não se pode mais ser virgem depois dos 15 anos. Especialmente, os meninos”, pontua.

Essa também é a fase do ápice sexual dos homens, que passam por um pico hormonal muito grande. “Já as mulheres, nesse período, ainda não têm um domínio claro do próprio corpo e acabam aceitando o que os outros esperam que seja o sexo”, opina Karol.

Já Luísa acredita que cada fase tem suas vantagens e desvantagens sexuais. “O conhecimento acerca da sexualidade e sobre si mesmo é fundamental pra que resolvamos os nossos desafios pessoais. Com a falta desse autoconhecimento, a insegurança, carências, autossabotagens e probabilidades de relacionamentos tóxicos é enorme. E juntamente a isso, surgem as disfunções sexuais, o que pode acarretar em depressão e outras doenças físicas e mentais”.

Para Karol, dos 26 aos 35 anos é o período em que a mulher entende mais o próprio corpo e começa a ter uma segurança maior na cama, apesar de inseguranças relacionadas à aparência física. Nessa idade, os homens estariam mais seguros. “Apesar de ainda focar na ideia do sexo voltado para a penetração, eles começam a explorar mais por cobrança dos (as) parceiros (as)”.

A partir dos 36 anos, vem o ápice sexual da mulher e Karol observa que os homens buscam se conhecer mais para atender as demandas e necessidades das (os) parceiras (os).

Ao se aproximar dos 60 anos, há uma baixa na energia sexual pois os homens começam a ter dificuldades de ereção e as mulheres perdem a lubrificação, o que não impede a prática sexual. “Observo no consultório que a questão do autoconhecimento e dificuldade sexual é comum em todas as faixas etárias, mas é vista de forma diferente por causa da maneira como cada pessoa enxerga a situação”, explica Luísa.

Ambas concordam que é possível se manter sexualmente ativo para o resto da vida, principalmente porque o sexo vai muito além da ideia da penetração. “Socialmente, há uma forte crença que o sexo envolve apenas a genital. Isso frusta muitos adultos na terceira idade que não se sentem mais merecedores de atividade sexual. A realidade é que existem várias formas de se relacionar sexualmente e ter prazer”, aponta Karol.

Luísa ainda afirma que é normal diminuir a frequência sexual com o tempo, mas não é uma regra. “A tendência é que com o tempo apareçam outras prioridades. Mas se o casal tiver o cuidado de manter um bom diálogo, os impactos podem ser minimizados. Aconselho que se toquem e sempre cuidem de si mesmos”.

Metrópoles

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