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BRASIL - 22/09/2019

Padre Casemiro foi executado com requintes de crueldade, diz delegado

Padre Casemiro foi executado com requintes de crueldade, diz delegado

O delegado Laércio Rosseto, da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), que lidera as investigações do assassinato do padre Casemiro, afirmou que os autores do crime agiram com requintes de crueldade. o religioso foi estrangulado na noite desse sábado (21/09/2019) na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte. Ele foi encontrado com os pés e as mãos amarrados, e com um arame farpado envolto ao pescoço – além de uma lesão na cabeça.

De acordo com o investigador, o caso é um latrocínio, quando ocorre um roubo seguido de morte. Até o momento, a polícia trabalha com a hipótese de que quatro homens cometeram o assassinato. Para Rosseto, o modus operandi dos bandidos deixa claro que eles conheciam a rotina do padre.

Os criminosos teriam ficado entre duas e três horas na casa do religoso. Casemiro, cujo o nome original é Kazimerz Wojn, já havia se queixado da insegurança na região – a Paróquia Nossa Senhora da Saúde foi assaltada este ano. Porém, o caráter bárbaro do assassinato é um indicativo, segundo a polícia, da não relação entre os casos.

“Por conta do requinte de crueldade com que executaram o padre, a princípio, o crime não tem relação com os roubos anteriores”, avaliou Rosseto. “Pela situação na qual ele foi encontrado, a gente pode afirmar que houve sofrimento por parte da vítima”, completou.

Suspeitos

A Polícia Civil afirma já ter nomes de suspeitos de envolvimento no assassinato do padre Casemiro. Segundo o delegado Rosseto, as identidades não serão reveladas para não atrapalhar as investigações. Desde o início da tarde deste domingo (22/09/2019), os investigadores colhem depoimentos de envolvidos, testemunhas e do caseiro que foi mantido refém pelos bandidos juntamente com o pároco.

De acordo com a polícia, a casa tinha cofres modernos e os criminosos estavam preparados para arrombá-los. “Tinha cofre de um metro e meio de altura”, pontuou. Os bandidos levaram uma “makita”, pé de cabra, barras e picaretas.

As pessoas estão sendo ouvidas e as informações são conflitantes. Há pontos divergentes e que não estão ainda esclarecidos. Os suspeitos ouvidos podem não ter atuado diretamente no crime, mas sim de forma indireta. Ainda é cedo e precisamos ter cautela”, afirmou Rosseto.

A polícia tem imagens da movimentação dos suspeitos. Uma das gravações mostra o rosto de um investigado. O conteúdo ainda está sendo analisado e, por isso, ainda está sendo mantido sob sigilo.

Rosseto revelou que uma das linhas de investigação suspeita de moradores de rua da região. “ELe (Casemiro) era uma pessoa muito austera, muito dada, mas também muito correta”, ressaltou. “Estamos checando se houve desavença com morador de rua”, completou.

Os investigadores aguardam o testemunho do caseiro José Gonzaga da Costa, de 39 anos, que também foi feito refém pelos bandidos, mas conseguiu fugir e pedir socorro. À PCDF, o funcionário disse que os suspeitos estavam armados. “Segundo o relato, um dos indivíduos deu um soco no rosto dele e colocou uma arma em sua boca. Ele ouviu os outros falarem que também estavam armados”, apontou Rossetto.

Insegurança

Padre Casemiro já havia alertado as autoridades policiais do DF sobre a insegurança que rondava a região. Há cinco meses, em 21 de abril deste ano, em pleno Domingo de Páscoa, ladrões invadiram o templo e levaram o sacrário do altar. A peça havia sido doada há 20 anos e tem valor estimado em R$ 20 mil.

De acordo com o delegado-chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), Laércio Rossetto, no momento não é possível vincular os suspeitos do crime aos autores do roubo do sacrário. “Não podemos fazer essa ligação ainda.”

A Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), da PCDF, auxilia nas investigações.

Testemunha

O irmão do caseiro Célio Gonzaga da Costa, que dormia no local na hora do crime, disse ao Metrópoles que o caso aconteceu logo após o religioso celebrar a missa das 18h30. Padre Casemiro, como é conhecido pelos fiéis, tinha ido fiscalizar uma obra que acontece no terreno da paróquia.

“Meu irmão contou que eram quatro criminosos. Eles pularam a grade, mas eu não ouvi porque estava dormindo. Acordei quando meu telefone vibrou por volta das 21h30. Foi quando ouvi meu irmão gritando socorro e fui acudir. Nesse momento eles fugiram”, revelou Célio. José Gonzaga sofreu escoriações nos braços, mãos e foi transportado para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) estável e orientado. Foi ele quem conseguiu gritar por socorro, afugentando os ladrões, segundo a corporação. METRÓPOLES




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