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BRASIL - 28/03/2019

Ex-governador de Goiás é alvo de operação da PF por desvios na Saneago

Ex-governador de Goiás é alvo de operação da PF por desvios na Saneago

Para combater fraude em licitações e desvio de verbas públicas da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), a Polícia Federal cumpre cinco mandados de prisão e oito de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (28/3). Entre os alvos, estão o ex-governador do estado José Eliton (PSDB), empresários, dirigentes da empresa e agentes públicos do governo local.

A operação foi batizada de Decantação 2. De acordo com as investigações, parte dos recursos recebidos pela prestação de serviços à companhia era repassada para o chefe de gabinete do então chefe do Executivo do estado. A PF apurou ainda que o ex-vice-governador teria usado, por diversas vezes, aeronave de propriedade de uma das empresas beneficiadas pelos contratos.

Entre os alvos dos mandados de prisão temporária, está Luiz Alberto de Oliveira, chefe de gabinete do ex-governador Marconi Perillo. Na casa de Gisela Albuquerque, filha de Luiz Alberto, a polícia encontrou uma mala com cerca de R$ 800 mil e seis armas. Ela trabalhava como assessora da representação de Goiás em Brasília.

Os mandados de prisão são para Luiz Alberto de Oliveira, Gisella Silva de Oliveira Albuquerque, Carlos Eduardo Pereira da Costa, Nilvane Tomás de Sousa Costa e Robson Borges Salazar. Os documentos foram expedidos pela 11º Vara Federal de Goiás e são cumpridos em Goiânia e Aparecida de Goiânia. A Justiça também determinou o sequestro de 65 imóveis e o afastamento da função pública de dois servidores da Saneago.

A ação desta quinta-feira acontece em decorrência da Operação Decantação, realizada em 2016, para acabar com esquema criminoso que desviou cerca de R$ 4,5 milhões da Saneago. Segundo a diligência da PF, três empresas de um único dono foram beneficiadas com contratos, mesmo havendo impedimentos fiscais.

Essas firmas também teriam sido usadas para lavar dinheiro, pois foi constatada transferência de quantia no valor de R$ 28 milhões entre o chefe de gabinete do ex-governador e a conta de uma das companhias investigadas.

Os suspeitos vão responder pelos crimes de associação criminosa, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, fraudes em processos licitatórios e lavagem de dinheiro.  METRÓPOLES

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