Cores do São João: Rodrigo Muricy prepara painel junino de Cruz das Almas para receber a maior festa da cidade

Já é parte do calendário junino local. Desde 2021, o projeto Cores do São João transforma a antiga Estação Ferroviária de Cruz das Almas em um símbolo vivo da festa mais aguardada do ano na cidade. A iniciativa, idealizada pela Matiz Cores e Tintas em parceria com a Suvinil e apoio da Prefeitura Municipal, alia arte, memória e pertencimento.

Este ano, o artista visual Rodrigo Muricy retornou ao local para restaurar o painel que grafitou há quatro anos, mantendo viva a proposta original: retratar as memórias afetivas do São João através das cores, dos traços e das tradições populares. Desde que foi criado, o mural tem recebido pequenos reparos anualmente, mas em 2024 passou por uma revitalização completa. Agora, em 2025, a obra foi novamente preparada para receber moradores e visitantes em um dos melhores São João do Brasil.

“A gente preservou a arte original e fez os reparos necessários para deixá-la nova de novo. Este ano, além dos pintores parceiros, trouxe minha equipe de grafiteiros: Braz Ilustra, Negroid, e Letícia Melo - essa é a primeira vez que incluímos uma mulher no grupo e isso tem um significado importante pra gente”, explica Muricy. “É sempre um prazer voltar à Cruz e, como a Matiz costuma dizer, pintar sorrisos”.

O painel, que em 2021 marcou a retomada cultural pós-pandemia, foi tão bem recebido que o São João de Cruz das Almas foi transferido para o entorno da Estação, batizado de Circuito Luiz Gonzaga. Desde então, a arte passou a ser não apenas cenário, mas parte da identidade da festa.

A Matiz, que há anos incentiva iniciativas de valorização cultural e urbana, reforça que o projeto Cores do São João traduz seu compromisso com a cidade. “Mais do que pintar paredes, queremos colorir histórias e manter vivas as memórias do nosso povo”, afirma a diretora de Marketing da empresa, Fernanda Pereira.

E o futuro da arte já está desenhado: para 2026, a promessa é de um novo painel completo, mantendo a tradição de renovar sem apagar a essência.

Por Orisa Gomes