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BAHIA - 06/12/2023

Com aumento das linhas de pobreza, em 2022, Bahia tinha metade da população pobre

Com aumento das linhas de pobreza, em 2022, Bahia tinha metade da população pobre

De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, o aumento do valor correspondente às linhas de pobreza e extrema pobreza do Banco Mundial fez com que metade da população baiana (50,5%) passasse a ser considerada pobre e 1 em cada 10 pessoas no estado (11,9%) estivesse em condição de pobreza extrema. A pesquisa ainda aponta que no ano passado, considerava-se pobre a pessoa cuja renda domiciliar per capita diária estivesse abaixo de US$ 6,85 em paridade de poder de compra (PPC). Isso correspondia, na Bahia, a um rendimento domiciliar per capita mensal de R$ 637. Metade da população baiana (50,5% ou 7,590 milhões de pessoas) tinha renda domiciliar per capita inferior a esse valor e, por isso, era considerada pobre em termos estritamente monetários.

Ainda segundo este levantamento do IBGE, em números absolutos, a Bahia tinha o 2º maior contingente de pessoas em situação de pobreza do país (7,590 milhões), abaixo apenas de São Paulo (9,197 milhões), mesmo tendo a 4ª maior população do Brasil. Em proporção, a Bahia tinha o 8º maior percentual de população na pobreza. Maranhão (56,7%), Amazonas (55,1%) e Alagoas (54,2%) tinham as maiores proporções de pessoas consideradas pobres. Por outro lado, Santa Catarina (12,8%), Rio Grande do Sul (16,8%) e Distrito Federal (17,1%) tinham os menores índices.

Os dados apontam que apesar de bastante representativa, a pobreza monetária diminuiu na Bahia, no ano passado em relação ao recorde registrado no ano anterior, quando a proporção de pessoas consideradas pobres havia chegado a 55,8%. Estava, porém, está acima do verificado em 2020, quando esse indicador tinha atingido seu menor patamar (46,6%) desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. No Brasil como um todo, 67,703 milhões de pessoas (31,6% da população) estavam abaixo da linha de pobreza em 2022, que nacionalmente equivalia a um rendimento domiciliar per capita mensal de R$ 636. Essa proporção também caiu, após ter chegado ao ponto mais alto da série histórica em 2021, quando havia sido de 36,7%.

Na capital baiana, 1,075 milhão de pessoas estavam abaixo da linha de pobreza monetária em 2022, o que representava perto de 4 em cada 10 habitantes do município (36,9%). Era a 3ª capital em número absoluto de pobres, abaixo de São Paulo (2,177 milhões) e Rio de Janeiro (1,277 milhões). Já em termos percentuais ficava na 8ª posição. Rio Branco/AC (43,8%), Manaus/AM (43,2%) e João Pessoa/PB (43,1%) tinham os maiores índices; Florianópolis/SC (8,5%), Curitiba/PR (12,5%) e Porto Alegre/RS (13,5%), os menores. Em relação a 2021, quando havia atingido 40,3% da população, a pobreza também se reduziu em Salvador, no ano passado

Em 2022, a Bahia tinha o maior número de pessoas extremamente pobres entre os estados e Salvador, o 2º maior entre as capitais

Em 2022, a Bahia também tinha uma liderança nacional na extrema pobreza monetária, com o maior número absoluto de pessoas nessa condição: 1,791 milhão. Isso significa que 11,9% da população do estado vivia com um rendimento domiciliar per capita mensal menor do que R$ 200 (equivalente a menos de U$ 2,15 por dia, em paridade de poder de compra). Proporcionalmente, a Bahia tinha a 4ª maior taxa de extrema pobreza do país, abaixo apenas de Maranhão (15,0%), Acre (14,0%) e Alagoas (13,1%). Por outro lado, Santa Catarina (1,8%), Distrito Federal (1,8%) e Rio Grande do Sul (2,5%) tinham os menores índices de pobreza extrema.


Assim como aconteceu com a pobreza, a extrema pobreza também caiu significativamente, na Bahia, frente a 2021, quando havia atingido 17,0% da população do estado (2,541 milhões de pessoas), maior proporção na série histórica. No país como um todo, 12,559 milhões de pessoas estavam em situação de extrema pobreza em 2022, o que representava 5,9% da população brasileira com renda domiciliar per capita menor do que R$ 200. Nacionalmente, o índice caiu frente a 2021, quando havia sido recorde (9,0%). Já na capital baiana, em 2022, 289 mil pessoas estavam em situação de extrema pobreza, o 2º maior contingente entre as capitais, inferior apenas ao de São Paulo/SP (444 mil pessoas em extrema pobreza).

Esse total também representava cerca de 1 em cada 10 moradores do município (9,9%), que tinha a 2ª maior taxa de extrema pobreza entre as capitais do Brasil, abaixo apenas de Rio Branco/AC (11,6%). Palmas/TO (1,3%), Teresina/PI (1,5%), Brasília/DF (1,8%) e Goiânia/GO (1,8%) tinham os menores índices. A taxa de extrema pobreza de Salvador, apesar de elevada, caiu frente ao recorde de 2021, quando havia sido de 11,2%.

Bahia tem o 3º maior índice de população em extrema pobreza sem benefícios de programas sociais governamentais

Em 2022, mais da metade da população baiana abaixo da linha de pobreza (56,5% dos considerados pobres ou 4,290 milhões de pessoas) não recebia benefícios de programas sociais governamentais. A proporção era a 6ª maior entre os estados e estava acima da média nacional, que era de 35,4%. Houve, porém, recuo desse indicador frente a 2021, quando 60,7% das pessoas em condição de pobreza monetária não recebiam benefícios de programas sociais governamentais.

A Bahia tinha, ainda, o 3º maior percentual de pessoas abaixo da linha de extrema pobreza que não recebiam nenhum apoio de programas sociais governamentais: 22,2% dessa população (1 em cada 5, totalizando 397,4 mil pessoas). O índice da Bahia estava abaixo apenas dos registrados no Maranhão (25,2%) e Alagoas (23,9%), e estava empatado com o do Ceará (22,2%). Nacionalmente 10,6% das pessoas extremamente pobres, em 2022, não recebiam benefícios de programas sociais do governo. Apesar do número elevado, este índice também está em queda na Bahia. Em 2020, 25,8% da população em extrema pobreza não contava com ajuda de benefícios sociais governamentais, e em 2021, este indicador era de 24,2%.

Por Bahia.ba

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