Pesquisa encomendada pelo Sebrae aponta que 43% dos empresários baianos estão com as empresas fechadas devido às medidas restritivas decorrentes da pandemia de coronavírus. O levantamento indica também que 31,6% dos negócios em funcionamento usam ferramentas digitais, como site, telefone e aplicativos. Apenas 14% estão em funcionamento, mas sem estrutura para tecnologias digitais.
O levantamento foi realizado com mais de 10 mil micro e pequenos empresários do Brasil. Entre os baianos, 86% informaram que a receita diminuiu no período de pandemia. Apenas 2,3% notaram aumento nas vendas, e 5,5% não sentiram impacto financeiro.
De acordo com o Sebrae, os dados locais estão em consonância com a média nacional. Segundo a pesquisa, mais de 88% dos empresários disseram sentir o impacto das medidas de enfrentamento nas contas da empresa.
Uma alternativa nesse cenário é a busca por créditos. A pesquisa indica que 85,9% dos micro e pequenos empresários fizeram solicitações de crédito a instituições financeiras. Desse total, 62% tiveram o pedido negado.
Relatório de vendas
A diferença com a média nacional se refere ao aumento da média de vendas, que está em 27,8%. O número é menor do que o observado em todo o Brasil, 37,3%.
Também é diferente a média mensal de redução das vendas. Na Bahia, o número é 60,9%; já no país, a média passa dos 64%.
Quanto às vendas online 30% dos entrevistados baianos disseram ter passado a usar redes sociais em sua estratégia de vendas. Apenas 4% fizeram transações por meio de um site.
Dados da pesquisa
O levantamento “O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios” foi realizado entre 30 de abril e 05 de maio, com 10.384 empresários dos 26 estados e do Distrito Federal. Na Bahia, 53,2% dos entrevistados atuam no comércio, 41% são da área de serviços; 3,67% atuam na construção civil e 1,5%, no agronegócio.
Quanto ao porte de seus negócios, 57,4% são microempreendedores individuais, 38,9% são considerados microempresários por terem faturamento bruto anual de até R$ 360 mil e 3,7% dos entrevistados são empresários de pequeno porte, com faturamento bruto entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões ao ano. Bahia.Ba