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POLÍTICA - 06/10/2018

Veja problemas e soluções propostos pelos candidatos ao governo da Bahia para a Saúde

Veja problemas e soluções propostos pelos candidatos ao governo da Bahia para a Saúde

Durante a série de entrevistas dos candidatos ao governo da Bahia ao BN, eles tiveram a oportunidade de expor e explicar suas propostas para seis áreas consideradas importantes pelos eleitores: Educação, Geração de Emprego, Segurança Pública, Interiorização da Bahia, Saúde e Combate à Corrupção.

 

O principal problema apontado pelos postulantes ao Executivo estadual na área da Saúde Pública foi a Central de Regulação. A valorização dos profissionais da saúde, maiores investimentos na pasta, construção de novas unidades de saúde e realização de concursos são algumas das promessas dos candidatos. Confira:

 

RUI COSTA (PT)

O candidato não concedeu entrevista ao Bahia Notícias.

 

JOÃO HENRIQUE (PRTB)

O maior problema da saúde é a fila da regulação. O problema passa primeiro pela informatização, porque até hoje ela é trabalhada por telefone e fax, com os instrumentos digitais no mundo online que temos hoje, uma fila da regulação toda administrada por telefone e fax?  Então, vamos informatizar, colocar  a administração da saúde de uma vez por todas no mundo online, sair do offline.

 

O segundo é o investimento na área. Os 12% que deveria ser piso está sendo tratado como teto. O atual governo do estado investiu em 2014 12,9 %. Isso aqui é piso, ele pode subir como subiu em 2014 para 12,9%, para 13%, para 15%, para 20%, pode investir o quanto quiser, quanto mais investir em saúde melhor. Piso é piso, teto é teto, e para investimento em saúde não existe teto. É possível deixar de investir em outras áreas e focar em saúde, educação e segurança. Tem muita festa que os prefeitos fazem para se popularizarem, se promover, se embriagar até, quando poderia estar investindo em educação, saúde e segurança. Tem muito prefeito do interior que acha que nós estamos na Grécia antiga e administra com Pão e Circo. É muito gasto supérfluo com o dinheiro público, enquanto isso tá faltando medicamento, gaze, algodão e seringa nos postos de saúde.

 

JOÃO SANTANA (MDB)

Primeiro eu vou lutar para eliminar a 'fila da morte', essa é a expressão de um médico, chama-se a fila da regulação. Tem gente que espera dois, três, seis meses, é uma coisa que não dá pra entender. Isso eu vou eliminar, e é simples a eliminação disso. O que acontece hoje com o problema da regulação é que todos os municípios da Bahia encaminham seus doentes com algum nível de complexidade para Salvador. O que eu vou fazer é escolher capitais regionais, fazer hospitais regionais, instrumentalizar essas unidades de saúde, botar equipamentos e tudo mais que for necessário.

 

Os médicos que nós temos na Bahia dariam pra servir o estado inteiro, segundo a Organização Mundial de Saúde, mas só que a grande maioria fica na capital, porque ninguém quer ser médico do estado. Eu vou criar uma carreira de profissionais de medicina, médicos, enfermeiros, bioquímicos, etc, todo mundo vai fazer concurso, para ganhar bem numa carreira da medicina. É preciso remunerar bem os médicos, os enfermeiros, os bioquímicos, e através de uma seleção bem feita, já alocando cada profissional para cada hospital que vai necessitar. Assim, eu terei toda a base e a média complexidade resolvida nas capitais regionais e até um pouco da alta. Quando surgir alguma coisa que esses hospitais não possam resolver, aí sim manda para Salvador, pra ver se na capital já existe essa condição.

 

Outra coisa é tentar ajudar os órgãos de controle a eliminar o roubo que existe na saúde. É corrupção de todo lado, na compra de remédio, médico se decompondo em termos morais, farmácias, compras, licitações escúrias. Então se a gente conseguir ajudar os órgãos de controle a eliminar essa roubalheira na saúde nós teremos dentro de dois anos uma saúde bem melhor na Bahia. 

 

MARCOS MENDES (PSOL)

A gente tem que desprivatizar (sic) a saúde. O Sistema Único de Saúde é maravilhoso, é um sistema que exporta tecnologia para fora. Só que em 1990, quando foi aprovado o SUS, ao invés de você ter uma saúde pública de qualidade com alguns convênios privados, foram feitos vários convênios privados. Existem empresas que só mudam o CNPJ para que eles comecem a lucrar com a saúde pública. Então, o dinheiro que está sendo desperdiçado e que poderia ser investido na saúde pública de qualidade, está indo para o lucro dessas empresas.

 

Outra coisa é a municipalização solidária, porque a gente precisa ter nas unidade básicas de saúde, em programas de Saúde da Família, atenção primária. Então, hoje a cobertura é em torno de 38,8% em Salvador, e em vários municípios não chega nem a 20%. É como a gente falou aqui: o Hospital do Subúrbio é um anel de ouro sob um focinho de porco. Ou seja, ao redor você não tem atenção básica. Então, você superlota esses hospitais de média e alta complexidade, e a gente quer fazer justamente um trabalho de municipalização solidária, em que o estado em parceria com o município resolveria o problema da atenção primária através dos agentes de saúde. Inclusive, esses agentes de saúde tem que ser multiplicados e valorizados, porque é um salário completamente desvalorizado o desses profissionais, e que eles façam atendimento às suas comunidades. No atendimento preventivo, fazendo a medição de pressão, ver como é que está a taxa de açúcar, porque a diabetes é o mal aí dessa nova geração, dentro desse novo século. Então, fazer um trabalho preventivo nutricional, com acompanhamento, para que você resolva o problema de 70%, 80% das pessoas.

 

Em relação a média complexidade, vamos ter todo processo de restruturação. Fazer concurso público, com plano de carreira e plano de cargos e salários porque os profissionais de saúde precisam ser valorizados para ter dedicação exclusiva. Com isso, a nossa meta é que, no máximo, em um mês as pessoas estejam fazendo cirurgias marcadas e no máximo aumentando esses leitos ao invés de dar lucro às empresas, aumente os leitos de enfermaria, mas também os leitos de UTI, para que as pessoas possam fazer suas cirurgias de maneira tranquila e, no máximo, em 15 dias estejam fazendo os exames necessários para fazer suas cirurgia. Então, acho que isso que a gente pode fazer, fazendo com que o dinheiro público da saúde seja investido realmente no que é público, e não se desvie por outros meios fazendo várias auditorias e conselhos populares para fiscalizar.

 

ORLANDO ANDRADE (PCO)

Na saúde somos contrários ao uso do dinheiro da saúde para manter empresas privadas, muito hospitais são privados e utilizam do SUS financeiramente. Outra coisa é o fato da terceirização da saúde, tanto hospitais quanto trabalhadores terceirizados, somos contrários a terceirização. Primeiro porque dificulta e atrapalha o trabalhador terceirizado, que fica sobrecarregado, não tem os mesmo direitos e existe também a jornada de trabalho que é excessiva para os servidores.

 

ZÉ RONALDO (DEM)

A primeira coisa que eu farei na Saúde é a resolver essa questão da Central de Regulação. Eu acho que está havendo morte demais na Bahia e as pessoas sem conseguir se internar dentro dos hospitais, então nós vamos criar 11 Centrais Regionais de Regulação, para garantir o atendimento mais ágil, mais próximo das pessoas. Nós vamos priorizar essa questão e assumir esse compromisso com o povo.

 

Faremos hospitais que foram prometidos pelo atual governo e que não cumpriu, e que eu entendo que são importantes. Vamos construir o Hospital da Região Sizaleira, o Hospital do Extremo Sul, a questão do Oeste da Bahia que tem um hospital que foi construído há aproximadamente 13 ou 14 anos atrás e que precisa e o povo cobra há pelo menos 12 anos, o atual governo promete implantar oncologia, cardiologia e nunca saiu do papel. Nós vamos fazer isso lá em Barreiras.

 

Também vamos trabalhar com outro hospital do Oeste, ali na região de Santa Maria da Vitória. Outra questão é um hospital na região de Alagoinhas, o Dantas Bião realmente não tem dado conta das necessidades. Nós temos um compromisso com a região Norte, de fazer esse hospital. Eu entendo que precisa de um novo Hospital Geral em Feira de Santana, e que nós temos esse compromisso de fazer também.

 

Como municipalista que sou e governador com certeza, vou apoiar tecnicamente e financeiramente os municípios para ampliar e melhorar a cobertura do Programa de Saúde da Família, o recurso que o estado hoje repassa para os municípios é uma quantia que já vem congelada há muitos anos, e que não acompanhou as correções salariais ao longo do tempo.

 

Hoje o estado gasta 12% na saúde, como prefeito constitucionalmente eu era obrigado a gastar 15%, nunca gastei 15%, sempre gastei acima de 26% na saúde. O estado hoje gasta rigorosamente o que diz a Constituição. Será uma prioridade aumentar os investimentos ano a ano na questão de saúde.

 

 

CÉLIA SACRAMENTO (REDE)

Nós vamos trabalhar diretamente com a saúde básica. Saúde básica é prevenção, e a prevenção se dá a partir do momento que nós cuidamos das pessoas antes de elas chegarem na situação atual, porque elas já chegam morrendo nas UPAs.

 

Valorização dos médicos, dos enfermeiros, dos agentes de saúde e endemias, não podemos admitir que um profissional de tamanha envergadura e importância seja usado como se fosse uma peteca. Quando muda o gestor eles contratam por Reda, quando muda o gestor os médicos ficam a ver navios. Então tem que ter concurso nessa área tão importante, tem que ter valorização desse profissional, e nós vamos cuidar das pessoas.

 

Temos que ter de fato ampliação de leitos, mas não adianta fazer só isso, tem que cuidar da vida das pessoas, com a prevenção, com educação, como pode ser feito todo o cuidado com o ser humano. BN

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