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BRASIL - 30/12/2018

Brasil tem 33 mil licenças de posse de arma; salto de 280% em oito anos

Brasil tem 33 mil licenças de posse de arma; salto de 280% em oito anos

Desde 2009, o número de pessoas que deu entrada na Polícia Federal em pedidos de licença para posse de arma de fogo saltou 280%. A mudança reflete a opinião de parte dos apoiadores do presidente eleito Jair Bolsonaro, do PSL, que afirmou ontem (29), que garantirá o direito a posse via decreto já no início do seu mandato. Há nove anos, haviam 8.679 registradas no país, hoje, o Brasil são cerca 33 mil licenças.

De acordo com o militar reformado, o decreto criará o registro definitivo, abandonando o prazo de validade atual de cinco anos. A ausência de antecedentes criminais bem como exames psicológicos e técnicos continuarão a ser exigidos para a obtenção do registro.

Bolsonaro também escreveu em seu perfil no Twitter que “a expansão temporal será de intermediação do Executivo, entretanto outras formas de aperfeiçoamento dependem também do Congresso Nacional, cabendo o envolvimento de todos os interessados”.

Na tentativa de acalmar os ânimos daqueles que são contrários a flexibilização de posse de armas, o futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno Ribeiro, disse que as regras que existem serão mantidas e que “ninguém vai vender armas na esquina”.

Em 2017, uma permissão especial para atiradores esportivos ajudou a impulsionar o interesse dos brasileiros por armas de fogo. O porte de arma – levar a arma consigo – passou a ser permitido no trajeto entre a residência e o local de treino.

O instrutor de armamento e despachante Guilherme Dias conta que, em 2015, ele atendia cerca de três pedidos de registro por mês, incluindo as taxas e todos os trâmites burocráticos, além dos treinos e exames. Hoje, ele atende entre sete e oito pedidos mensalmente. “Muita gente acha que, por ele (Bolsonaro) ter ganhado e ser atirador, vai conceder porte”, conta.

Porém, Dias ressalta que “quem nunca pegou arma não adianta fazer a prova, que não passa. Tem de ter o básico, saber as regras de segurança, como se usa, como se municia. É como uma autoescola”.

*com informações do Estadão Conteúdo

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