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BRASIL - 20/11/2018

Acusado de matar e concretar a mãe é condenado a 28 anos

Acusado de matar e concretar a mãe é condenado a 28 anos

Acusado de matar e concretar o corpo da própria mãe em um armário, Ricardo Jardim foi condenado a 28 anos nesta segunda-feira (19), em Porto Alegre. Da pena, 27 anos deverão ser cumpridos em regime de reclusão, ou seja, na prisão, e um ano em regime de detenção, que pode ser em regime aberto ou semiaberto. A vítima, Vilma Jardim, tinha 76 anos na época do crime.

Jardim foi considerado culpado por três crimes: homicídio duplamente qualificado (motivo torpe ou meio cruel), ocultação de cadáver e posse de arma. Ele nega ter matado a mãe, assumindo apenas que escondeu o corpo após ela ter se matado. O advogado de Jardim, Renato Ferreira, afirma que seu cliente recorrerá da sentença. Ricardo está preso.

A data estimada do crime é entre abril e maio de 2015, no apartamento em que Ricardo e a vítima moravam, no bairro Mont’Serrat, na Zona Norte da capital gaúcha. Ele chegou a confessar o crime a um policial que havia recebido a denúncia e foi investigar o apartamento, mas, em depoimento à Justiça, o suspeito ficou em silêncio.

De acordo com o Ministério Público, questões econômicas motivaram o crime. Na investigação, a Polícia Civil trabalhou com a hipótese de que o suspeito teria interesse em um valor que a vítima possuía, fruto do seguro de vida do falecido marido de Vilma e do qual o réu usufruía.

Um seguro de R$ 400 mil em nome da idosa foi apontado como motivo do crime. O cadáver da mulher foi colocado dentro de um móvel, feito sob medida, encontrado no apartamento onde a vítima e o filho moravam.

Depoimentos

Irmão da vítima, Antonio Raupp foi o primeiro a falar na sessão. Ele disse que se sentiu traído pelo sobrinho, que jamais imaginava que isso pudesse acontecer. Disse ter ficado surpreso com todas as mentiras que o réu contou para esconder o crime.

Outro irmão de Vilma falou na sequência. Jorge Raupp disse que começou a desconfiar das desculpas que o sobrinho dava para o desaparecimento da mãe. Acrescentou que tinha medo de confrontar o sobrinho ou ir à polícia porque ele tinha uma arma, que havia pertencido ao pai. Até que descobriu notas de compras de materiais de construção. Além disso, contou que Ricardo não deixava ninguém entrar no apartamento da mãe.

Depois, a perita que fez o laudo da morte de Vilma foi interrogada. Ela foi questionada sobre a causa da morte, e disse que foi em razão de ferimentos na região da coluna cervical. A promotoria diz que a mulher tinha 13 ferimentos de faca entre o pescoço e a cabeça.

Durante a tarde, Ricardo foi ouvido. O réu confessou que ocultou o cadáver, mas negou a morte. Segundo ele, a mãe se suicidou. Sobre as retiradas de dinheiro da conta dela, o acusado alegou que eram para mandar para a irmã. G1


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