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BRASIL - 28/08/2018

Cármen Lúcia defende maior participação dos brasileiros nas decisões sobre o futuro do país

Cármen Lúcia defende maior participação dos brasileiros nas decisões sobre o futuro do país

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, defendeu nesta segunda-feira (27) em São Paulo maior participação dos brasileiros no processo de decisão do futuro que se quer para o país. Durante palestra em seminário que reuniu empresários, ela disse ter questionado parlamentares que foram ao STF levantar a validade da Lei da Ficha Limpa.

Ela falou sobre o tema ao citar formas de participação popular na democracia.

"A chamada lei de Ficha Limpa, que mudou após o questionamento e intolerabilidade da corrupção no Brasil e no processo eleitoral, no processo de candidatura, a chamada Lei da Ficha Limpa é de iniciativa popular, votada por unanimidade pelo Congresso. E depois até levaram ao Supremo dizer que é inconstitucional. Mas você votaram e agora diz que não valia?", questionou ela.

Sempre com a Constituição em mãos, a ministra disse que o Brasil é um país desigual, onde é necessário levar urnas a comunidades indígenas onde só entram tropas federais.

"Me pergunto, muitas vezes, que Brasil que eu sou e que somos, nós cidadãos brasileiros. O Brasil não é Brasília, não é o STF, não é o Executivo e nem o Legislativo. E não digo isso com retórica, porque há 30 anos a Constituição, que é a lei primária e fundamental e obrigada a ser cumprida por todo mundo, governantes e governados, diz que todo poder emana do povo e é do povo. Se der certo, todos estamos certo. Se der errado, todos erramos. E não adianta dizer que eu não tomei conhecimento disso", assinalou ela.

"Continua a desigualdade no país, continua a república sendo capenga", ressaltou. "Eu acho que Freud explica, mas não dá jeito. Eu acho que o precisa o Brasil de jeito e cada um precisa fazer para dar jeito. Não há democracia sem educação", defendeu.

Ao falar sobre a responsabilidade das pessoas pelo futuro do país Cármen disse que, no domingo (26), levaram até ela um questionamento, e que ela respondeu: "A questão é que eu faço direito, não faço milagres. A vida que cada um de nós leva é sua, e cada um faz as suas escolhas e finalidade de vida", disse.

"Um juiz tem que ter o silêncio e os limites que a lei importe, enquanto que para todos há liberdade de se defender e as pessoas são limitadas pelos deveres e direitos constitucionais. As limitações dos servidores e dos juízes são maiores", assinalou. G1

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