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BAHIA - 13/07/2018

Bahia é quinto estado que mais perdeu leitos de internação do SUS nos últimos oito anos

Bahia é quinto estado que mais perdeu leitos de internação do SUS nos últimos oito anos

Mais de 1,9 mil leitos de internação da rede pública foram desativados na Bahia nos últimos oito anos. O estado ocupa o quinto lugar em redução de leitos no levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a partir de dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde. 
 

Em maio de 2010, a Bahia tinha 25,1 mil leitos para uso exclusivo do Sistema Único de Saúde (SUS). O número caiu para 23,2 mil em 2018. O estado apresenta dados melhores que Rio de Janeiro (9,5 mil leitos fechados), São Paulo (7,3 mil), Minas Gerais (4,2 mil) e Goiás (1,9 mil). 
 

Entre as capitais, Salvador ocupa posição de destaque positivo. Com um pequeno acréscimo de 314 no período analisado, é a quarta capital em aumento de leitos: 5,2 mil em 2010, contra 5,5 mil em 2018. Apenas Recife (534), Porto Velho (354) e Cuiabá (346) tiveram maior incremento.
 

De acordo com o levantamento, 22 estados e 18 capitais brasileiras perderam leitos nos últimos oito anos. "Assim como no Brasil, o Reino Unido e o Canadá, que também possuem sistemas universais de saúde, fecharam leitos ao longo das últimas décadas. É preciso destacar, no entanto, que, diferentemente destes países, as políticas de prevenção e promoção à saúde no Brasil não conta com um financiamento adequado", afirmou em nota o presidente do CFM, Carlos Vital.
 

Outra constatação é que, enquanto a rede pública teve 10% dos leitos fechados desde 2010 (34,2 mil), as redes suplementar e particular aumentaram em 9% (12 mil) o número de unidades no mesmo período. Na Bahia, o acréscimo foi de 1,4 mil leitos, enquanto Salvador registrou aumento de 672.
 

De acordo com o relatório de Estatísticas de Saúde Mundiais da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2014 – quando foi apresentado o último dado disponível sobre leitos hospitalares –, o Brasil possuía 23 leitos hospitalares (públicos e privados) para cada grupo de dez mil habitantes. A taxa era equivalente à média das Américas, mas inferior à média mundial (27) ou às taxas apuradas, por exemplo, no Reino Unido (29), Argentina (47), Espanha (31) ou França (64).
 

O CFM pretende encaminhar o levantamento ao Congresso Nacional, Ministério Público Federal (MPF) e Tribunal de Contas da União (TCU). BN

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