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SAÚDE - 10/01/2020

Pediatras baianos repudiam ato de violência contra profissional em unidade de saúde

Pediatras baianos repudiam ato de violência contra profissional em unidade de saúde

A Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) manifestou repúdio, junto com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e outras entidades, ao ato de violência praticado contra profissionais que atuam nas unidades de saúde no país. No último dia 5, o pediatra Cláudio Santos Pacheco foi violentamente agredido numa UPA em Florianópolis. 

“Ao tempo em que manifestamos solidariedade ao dr. Cláudio e a todos os colegas que já foram vítimas, solicitamos a atenção do poder público para a garantia da segurança nas unidades públicas de saúde”, declarou Dolores Fernandez, presidente da Sobape.

“É um absurdo a violência contra médicos. As pessoas têm uma revolta e descontam nos profissionais como se nós, médicos, fôssemos os culpados pelo mau funcionamento do sistema de saúde. Na realidade, somos tão vítimas quanto a população”, completou a pediatra.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido da SBP, revelou a dimensão do problema da violência que afeta os pediatras brasileiros. Segundo o estudo, que captou, em janeiro de 2017, a percepção de 1.211 pediatras de todos os estados, dois em cada dez pediatras no Brasil têm sido submetidos frequentemente a atos de violência em seu ambiente de trabalho. 

Em estruturas da rede pública de saúde, a incidência de tais casos aproxima-se de 30%, atingindo 26% do universo de médicos dessa especialidade. Em hospitais e consultórios privados, o indicador é de 12%. Outra revelação do levantamento é que 53% dos profissionais dividem o tempo entre expedientes das duas esferas.

O sentimento de exposição à violência é maior entre as mulheres (24%) e nas faixas etárias que vão de 26 a 34 e de 35 a 44 anos (30%em cada uma). Do ponto de vista da distribuição geográfica, a percepção é mais significativa nas regiões Norte (26%) e Sudeste (25%). Por outro lado, ela é menor no Sul (16%) e nos municípios do interior (19%), que é seis pontos percentuais abaixo do que se relatado nas regiões metropolitanas (24%).

Mais segurança - Diante dos frequentes relatos de violência contra profissionais da área de saúde, a SBP, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e outras entidades médicas têm recorrido aos Ministérios da Saúde e da Justiça e Segurança Pública, pedindo que invistam em ações para ampliar a proteção dos profissionais.

Entre os pedidos das entidades médicas estão o reforço de policiamento nas unidades de saúde e a consolidação, por parte do Ministério da Justiça, de um relatório que reúna informações sobre os casos. Tais informações, segundo as entidades representativas dos médicos, auxiliariam na elaboração de estratégias mais efetivas de combate aos ataques.

Campanha – Além do apelo às autoridades brasileiras, no ano passado o CFM veiculou ainda uma campanha institucional focada nos médicos orientando-os sobre como proceder em caso de serem vítimas de agressões no ambiente de trabalho. Em uma série de informes e vídeos, os profissionais recebem o passo-a-passo para denunciar os abusos. B NEWS

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