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POLÍTICA - 16/06/2025

STF define que Tribunais de Contas podem julgar prefeitos que atuam como ordenadores de despesa

STF define que Tribunais de Contas podem julgar prefeitos que atuam como ordenadores de despesa

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, que os Tribunais de Contas têm competência para julgar prefeitos que exercem a função de ordenadores de despesa — ou seja, que gerenciam diretamente recursos públicos e autorizam pagamentos. A decisão foi tomada na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) proposta pela Atricon (Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil), cujo julgamento foi encerrado na última sexta-feira (13).

Com a nova interpretação, os prefeitos que atuarem como ordenadores de despesa passam a prestar contas diretamente aos Tribunais de Contas, que terão a palavra final sobre a regularidade dos atos praticados. Caso sejam detectadas irregularidades, os tribunais podem impor multas e exigir a devolução de valores aos cofres públicos, sem necessidade de aprovação das Câmaras Municipais.

Além disso, o STF anulou decisões judiciais — ainda não definitivas — que desconsideravam sanções aplicadas pelos Tribunais de Contas a gestores municipais, desde que essas punições não tenham efeitos eleitorais. Nos casos em que as sanções resultem em inelegibilidade, a competência continua sendo do Legislativo local, conforme a Lei da Ficha Limpa.

O Supremo também esclareceu a diferença entre contas de governo e contas de gestão. As contas de governo referem-se à execução orçamentária e financeira do município e têm julgamento político pela Câmara Municipal, com base em parecer técnico do Tribunal de Contas. Já as contas de gestão tratam da atuação direta do prefeito na administração dos recursos e são analisadas de forma técnica e definitiva pelos Tribunais de Contas, sem interferência do Legislativo.

A decisão uniformiza o entendimento sobre o tema em todo o país e fortalece o papel fiscalizador dos Tribunais de Contas sobre os atos de gestão dos prefeitos.

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