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POLÍTICA - 28/01/2020

Moro diz que Bolsonaro deve ser reeleito e que ‘gostaria’ de vaga no STF

Moro diz que Bolsonaro deve ser reeleito e que ‘gostaria’ de vaga no STF

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou, em entrevista ao Pânico nesta segunda-feira (27), que o presidente Jair Bolsonaro deve ser reeleito nas eleições de 2022.

Moro explicou que Bolsonaro é o candidato do governo e, por isso, irá apoiá-lo. “Vou apoiar o presidente Jair Bolsonaro, ele quer a reeleição”, afirmou. “O presidente está dando apoio às políticas da pasta [de Justiça e Segurança Pública]. Ele está honrando o compromisso que assumimos juntos”, continuou.

O ex-juiz ironizou as críticas a Bolsonaro que o colocam como uma ameaça à democracia e disse que elas continuarão mesmo quando ele terminar um possível segundo mandato, em 2026. “Ele vai terminar o mandato, provavelmente vai ser reeleito, vai terminar o outro mandato, e a democracia vai continuar igual”, previu. “A imprensa podia dar uma folguinha e destacar o lado positivo do governo.”

Com o apoio declarado ao presidente, Moro descartou qualquer possibilidade de concorrer ao cargo em 2022. Ele também não quer ser vice da chapa de Bolsonaro, indicando que o atual vice-presidente, o general Hamilton Mourão, é o nome ideal. Para o ministro, essas especulações de que ele pode disputar as eleições de 2022 querem enfraquecer o governo. “Tem muita gente querendo enfraquecer o governo me tirando de lá. Eu, como ministro do governo, tenho de evidentemente apoiá-lo [Bolsonaro], não tem outra alternativa”, disse.

Sergio Moro, no entanto, vê com bons olhos a possibilidade de ir para o Supremo Tribunal Federal (STF). Neste mandato, o presidente Jair Bolsonaro poderá indicar dois nomes para a Corte, e o ministro é um dos cotados. “É uma perspectiva interessante e natural na minha carreira”, disse. Ele defendeu que Bolsonaro só tomará a decisão na hora, mas admitiu que “gostaria” de ser um dos indicados.

Lula, números e Pacote Anticrime

Ainda na entrevista, Sergio Moro falou sobre a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado por ele. O ministro lamentou o fato de Lula não estar mais na prisão.

“O correto era ele ter saído depois de ter cumprido a pena. A revisão da segunda instância foi um retrocesso”, afirmou, citando a decisão do STF que possibilitou que presos condenados em segunda instância pudessem deixar a cadeia, como foi o caso do ex-presidente. Moro disse que vai trabalhar para que o Congresso passe uma lei que mude esse entendimento. “Se você fez algo errado ou cometeu um crime, tem que pagar nessa vida.”

Moro também fez uma avaliação sobre o primeiro ano à frente da pasta da Justiça e Segurança Pública, enfatizando que os indicadores de violência no Brasil caíram em 2019.

Ele, no entanto, reconheceu que a situação ainda não é boa. “Os números caíram, mas eram muito ruins”, admitiu. “Os números remanescentes ainda são altos. Até as pessoas terem uma percepção maior [de segurança], vai levar um pouco mais”, disse, culpando “decisões equivocadas” de governos anteriores pelo cenário.

O ministro também rechaçou a ideia de que a sanção do Pacote Anticrime tenha sido uma derrota dele, uma vez que o projeto passou com coisas que Moro não aprovava, entre eles o juiz de garantias.

“A lei Anticrime tem muita coisa importante, não é uma derrota do Moro”, disse. “Inseriram questões que não eram da minha concordância. Mas tem coisas que são contornáveis por interpretação do juiz”, avaliou. “Essa é uma lei importante para o país que tem mais avanços do que retrocessos.”

Moro comemorou as decisões do STF que suspenderam partes do Pacote, principalmente a do ministro Luiz Fux contra o juiz de garantias. “Você não pode aprovar uma legislação que mude tanto o processo penal sem fazer isso com segurança, tem que ter um planejamento”, disse. “Para que funcione, precisaria de uma nova lei no Congresso para corrigir equívocos graves”, indicou o ministro da Justiça. JOVEM PAN

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