Prefeitura de Feira de Santana apresenta mais de 120 notas com despesas de publicidade sobre o coronavírus

O Governo Federal repassou mais de R$ 15,5 milhões para a prefeitura de Feira de Santana combater o coronavírus no município. Um levantamento feito pelo Blog do Velame apontou que, das 140 despesas relacionadas à pandemia e listadas no portal da transparência da cidade, 121 foram de publicidade.  

Na análise, que relacionou valores de março e abril deste ano, boa parte das notas fiscais foram das agências Cidade Propaganda e Arte Capital. Em um único comprovante, as despesas chegam a R$ 280 mil. 

Na descrição das notas, a justificativa que aparece na maioria deles é que o recurso foi utilizado na “prestação de serviços em publicidades Covid-19”. Até o momento, foi investido mais de R$ 1 milhão nessa área.

Sobre o volume gasto com publicidade em meio à crise causada pelo coronavírus, a prefeitura de Feira de Santana justificou que ações educativas nos meios de comunicação (rádio, televisão, internet, carro de som, outdoor, jornal ou busdoor) “são uma das maiores aliadas no controle ao coronavírus, o que está acontecendo efetivamente  no município de Feira de Santana”. 

A gestão afirmou que o investimento tem sido racional, mas de forma intensa, pois acredita que a comunicação permanente e direta com a população é uma das principais ferramentas para evitar a disseminação do vírus.

“Infelizmente não existe filantropia por parte dos veículos no que diz respeito à divulgação de informações que precisam não apenas ser noticiadas, mas massificadas. Compreendemos perfeitamente, uma vez que a publicidade é o instrumento de sobrevivência das empresas de comunicação”, destacou a prefeitura. 

“Cada ocasião em que a Prefeitura executa uma mídia paga na imprensa, através dos veículos parceiros (são dezenas de programas de rádio, sites, carros de som, comunicação visual e outros meios), isto gera um volume de processos necessariamente grande neste momento”, acrescentou.

Além disso, informou que tem realizado investimentos em outras áreas, mas que, por particularidades contratuais, não se apresentam no mesmo quantitativo de processos de pagamento. Alguns ainda devem ser inseridos no Portal da Transparência, “mas, ainda assim, em quantidade, teremos um volume naturalmente inferior aos de comunicação pela natureza operacional”.

Atualizada às 18h15

Informações por B News