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FEIRA DE SANTANA - 09/04/2019

Esgoto inadequado mata mais de 1,5 mil peixes em lagoas de Feira de Santana

Esgoto inadequado mata mais de 1,5 mil peixes em lagoas de Feira de Santana

Uma avaliação feita pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMAM) apontou que a grande quantidade de esgoto existente em Feira de Santana foi a principal causa das mortes de uma grande quantidade de peixes, em três lagoas na cidade. Segundo o chefe de Educação Ambiental, João Dias, o resultado disso foi a morte de aproximadamente 1,5 mil peixes no mês passado.


De acordo com João Dias, todas as lagoas da cidade foram examinadas por uma empresa especializada em parceria com docentes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). A investigação foi iniciada após uma denúncia feita na secretaria. “Houve mortes de peixes na Lagoa Grande. Um senhor fez um vídeo e formalizou denúncia e aí nossas equipes foram verificar a situação. Houve denúncias do mesmo quadro na Lagoa do Geladinho, no Parque Erivaldo Cerqueira e por último tivemos mortes de muitos peixes, na lagoa da Pedreira, no Bairro Conceição II”, relata.


O dirigente disse que os estudos realizados apontam uma baixa demanda de oxigênio nessas lagoas. “Os peixes dependem de oxigênio na água para respirar, então tanto a demanda química quando a bioquímica nas águas é muito baixa por isso aconteceu essa morte excessiva de peixes”, explicou João Dias.


João Dias afirma que o esgoto escoado para as lagoas é o principal motivador dessa situação. “As pessoas que vivem no entorno das lagoas fazem tratamento do seu esgoto de forma natural jogando os dejetos nos mananciais alterando a composição química dos gases, complicando a sobrevivência dos animais nesses locais”, aponta.


A mudança de clima pode ser considerada também como fator para o quadro atual. “As fortes chuvas que têm caído sobre a cidade arrastam muita matéria orgânica para as lagoas alterando os parâmetros. Quando os peixes começaram a morrer as pessoas entraram para pegá-los e com isso mexeu mais ainda a lama e diminuiu bastante a demanda bioquímica e química de oxigênio”, comunica.


Outro fato apontado pela análise, foi o descarte uma possível contaminação por produtos químicos ou envenenamento. “A gente viu nas lagoas aves aquáticas que se alimentam do peixe e se os peixes estivessem envenenados as aves também morreriam, e observamos aves até com filhotes, então ficou confirmado que não houve envenenamento das lagoas”, menciona João.


O chefe de Educação Ambiental orienta que a população não entre em contado com água das lagoas e que não consuma os peixes do local. “Nós pedimos as pessoas que não entrem na água de nenhuma dessas lagoas, porque essas lagoas estão com muito esgoto contaminando a água e pode provocar doenças como a cólera, diarreia e até febre tifoide, que a pessoa pode pegar tomando banho nessas lagoas”, informa. FOLHA DO ESTADO

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