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CORONAVÍRUS - 18/06/2020

Prefeito de Feira de Santana participou de Live do Bahia Notícias

Prefeito de Feira de Santana participou de Live do Bahia Notícias

Primeira cidade do estado a ter um caso confirmado do novo coronavírus (Covid-19), Feira de Santana tem atualmente 1.805 pessoas infectadas com a doença. Em entrevista ao Bahia Notícias, na tarde desta quinta-feira (18), o prefeito Colbert Martins Filho (MDB) comentou sobre a quantidade de casos, as experiências de prevenção tomadas pelo município até então e sobre temas polêmicos como a reabertura do comércio. 

 De acordo com o gestor, o número expressivo de casos e a alta taxa de infecção se devem a fatores como o aumento de testes realizados e a proporcionalidade ao número de habitantes. "A curva de crescimento foi achatada em Feira de Santana desde o início, enquanto em Itabuna, Ilhéus e Ipiaú aumentaram o número. A contaminação em Feira de Santana é proporcional à quantidade de habitantes", argumentou.

 

Na cidade, medidas de restrição no bairros e nas atividades foram aplicadas. Dentre as localidades feirenses mais afetadas estão o SIM, na Zona Leste; o Tomba, na Zona Sul; e o bairro da Brasília, na região central da cidade.

 

Criticado pela reabertura do comércio, o prefeito justificou a ação: "Estamos trabalhando fortemente nos bairros e restringindo atividades inclusive em feiras lives. Deixamos claro que Salvador abre lojas de até 200 metros quadrados [de área] há muito tempo e apenas na semana passada abrimos as lojas aqui, de maneira alternada". A motivação pela abertura, contou, se deu pelo objetivo de equacionar o impacto da pandemia no âmbito econômico do município, que tem o setor de comércio e serviços como uma das principais atividades econômicas.

 

Para Colbert, a disseminação do vírus está acontecendo de maneira distribuída pelo território do município. Circunstância agravada, relata o prefeito, pela localização geográfica estratégica de Feira e a malha viária que a faz despontar como o maior entroncamento rodoviário do Norte-Nordeste. "Essa ligação com o transporte de cargas torna a cidade ainda mais vulnerável", disse.

 

Uma das preocupações das gestões com o momento pandêmico tem sido a assistência social. Segundo o gestor de Feira de Santana, mais de 15 mil cestas já foram distribuídas para a população e outras 20 mil estão sendo adquiridas para serem direcionadas aos estudantes da rede municipal de ensino - esse quantitativo vai complementar as 5 mil já entregues para famílias de alunos carentes. 

 

CRÍTICAS E LEITOS
Alvo de críticas por parte do secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, nos dois momentos em que optou pela reabertura do comércio local, Colbert negou a existência de qualquer rusga com o governo do petista Rui Costa ou com o titular da pasta estadual. "Não existe [tensionamento]. Eu conheço muito o secretário Fábio, até do ponto de vista pessoal. Tenho algumas concordâncias e algumas discordâncias. Estamos fazendo o que é necessário para o povo. Não há tensionamento", comentou Colbert, que assim como o secretário, é médico por formação.

 

Amistosa com o governo estadual, a relação também tem sido positiva com o governo federal, disse o alcaide: "Existe um bom relacionamento desde a época com o ministro Mandeta. Na semana passada conseguimos 7 respiradores novos e já estão em Feira de Santana. alguns deles já reforçando nosso hospital de campanha. Estamos solicitando também ambulâncias do SAMU para que possam ser completadas a quantidade. Estamos sendo ouvidos sim pelo governo federal".

 

Assim como outras cidades em todo o país, a prefeitura montou um hospital de campanha, nas antigas instalações de uma maternidade particular. No local, 50 leitos clínicos e 10 de UTI estarão disponíveis nos próximos dias, mas até o momento, como declarou o prefeito apenas 26 clínicos e 5 de UTI estão ativos. Deste número, 18 clínicos e 4 de UTI estão ocupados. Conforme apontou Colbert, além destes, há leitos em hospitais estaduais e na rede privadas, todos com uma ocupação geral acima de 80%.

 

"Nossa opção aqui vai ser a de aumentar leitos. Eu ofereci ao Exército Brasileiro [o Joia da Princesa] para que pudesse montar um hospital de campanha, mas não tive uma resposta positiva ainda. Fiz essa sugestão e ainda está aberta essa perspectiva. Mas amanhã posso dizer para você se teremos mais leitos abertos em Feira de Santana, estamos buscando a ampliação de mais 30 ou 40 leitos na cidade", anunciou.

 

Confira a entrevista na íntegra: 

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