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VIOLÊNCIA - 15/02/2018

Menina de 6 anos presencia triplo assassinato em Simões Filho

Menina de 6 anos presencia triplo assassinato em Simões Filho

A menina de 6 anos viu os pais e o tio serem assassinados a tiros dentro da casa onde moravam, na noite da terça-feira, 13, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ela também foi baleada na mão direita durante a ação criminosa. Depois de tudo isso, a garota subiu em uma cadeira, conseguiu abrir a porta e os cadeados da grade do imóvel e saiu para pedir socorro.

“Minha avó! Minha avó! Socorro! Mataram minha mãe, meu pai e meu tio Jair. Foi um homem que entrou lá e matou eles”, dizia a menina ao chegar à casa da avó paterna – próxima ao local do crime.

Os pais da criança, Erivaldo dos Santos, 41, e Jozilene dos Santos Ferreira, 25, e o tio Jair Cardoso dos Santos, 46, foram executados pouco antes das 23h, na 1ª Travessa da rua J. Simões, no bairro de Pitanga de Palmares.

Parentes das vítimas contaram que os suspeitos pularam o muro que dá acesso à área externa da propriedade e arrombaram a porta da cozinha, nos fundos, por onde entraram no imóvel de quatro cômodos.

O casal e a menina foram baleados no quarto. Jair foi encontrado ajoelhado e com a cabeça sobre uma cama próximo à entrada do banheiro. As pegadas de sangue de uma criança, no chão da residência, indicam que a menina saiu do quarto e foi até o tio antes de sair para pedir socorro na casa da avó.

“Quando a gente chegou na casa, apenas Erivaldo estava vivo”, contou Nanci Jesus Nascimento, 37, cunhada dos irmãos.

Sem reconhecimento

“No caminho para o hospital, Erivaldo estava desesperado e dizia a todo instante  ‘Me ajude. Não deixe eu morrer’. Depois, ele disse que não estava aguentando mais, deu um suspiro e morreu, antes mesmo de chegar ao hospital”, revelou a cunhada.  

Erivaldo foi levado ao Hospital Geral de Camaçari (HGC). Até a tarde desta quarta, 14, a filha dele aguardava por cirurgia na mesma unidade, conforme a família.

A caminho do hospital, Erivaldo disse que não deu para reconhecer os assassinos porque eles estavam encapuzados. Mas não disse quantos eram, ainda segundo a cunhada.

Mãe ouviu os tiros

Mãe de Erivaldo e Jair, a aposentada Dinalva Cardoso dos Santos, 66, contou que se preparava para dormir quando ouviu  tiros disparados em sequência. Instantes depois, a neta chegou à sua casa. A criança contou que viu apenas um homem encapuzado. “Espero justiça... Não poderia ser assim.  É Jesus quem está me sustentando”, desabafou. 

Ela contou  que os filhos trabalhavam com conserto de lona, mas estavam desempregados e atualmente viviam de bicos. A nora vendia amendoim.

Parentes contaram que Erivaldo já cumprira pena por roubo no Complexo Penitenciário da Mata Escura. Ele saiu da prisão em novembro.

No Boletim de Ocorrência registrado na 22ª DT (Simões Filho) consta que o imóvel foi invadido por indivíduos não identificados. Por telefone, o delegado Ciro Palmeira, titular da 22ª DT, afirmou não ter informações sobre o crime, pois ainda não havia recebido o relatório do Serviço de Investigação de Local de Crime (Silc). A TARDE

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