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SAÚDE - 19/10/2018

No Dia do Combate ao Câncer de Mama, precisamos falar sobre a doença

No Dia do Combate ao Câncer de Mama, precisamos falar sobre a doença

Precisamos falar sobre câncer de mama. De acordo com dados da Estimativa 2018 – Incidência de Câncer no Brasil, estudo publicado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), este ano deve fechar com 59.700 novos casos da neoplasia em mulheres, um percentual de 29,5% do total de cânceres diagnosticados, sem contar os de pele não melanoma. Só no Centro-Oeste, 4.200 mães, filhas e netas terão recebido a notícia até o fim de 2018.

Apesar de ser uma mazela comum e de haver chances reais de cura se diagnosticado cedo, passar por um câncer de mama é desafiador. É uma doença que mutila. Muitas vezes leva os cabelos, os seios, a força, a autoestima e a esperança. Em alguns casos, a vida – a enfermidade é responsável pelo maior número de mortes por câncer na população feminina brasileira, com 12 óbitos a cada 100 mil mulheres. E a incidência só tende a crescer.

“É um fenômeno que acontece por uma série de fatores, entre eles, o aumento da longevidade (a idade tem relação com a proliferação anormal de células), o fato de as mulheres estarem tendo filhos mais tarde e em menor quantidade (a amamentação possui efeito protetor) e o estilo de vida marcado por sedentarismo e obesidade”, explica a doutora Fabiana Tonelotto, mastologista do Inca.

Cerca de 90% dos casos de câncer de mama não têm relação com fatores genéticos: acontecem espontaneamente ou pelo estilo de vida da paciente, e a tendência é que, com a prosperidade da economia, a quantidade de pessoas atingidas aumente. “Quanto maior o desenvolvimento do país, maior a incidência. Além do aumento da expectativa de vida, o consumo de alimentos industrializados e a falta de exercícios físicos são mais comuns nos grandes centros urbanos”, completa.

O nutrólogo Allan Ferreira, diretor clínico do Instituto Brasiliense de Nutrologia (Ibranutro) e médico do Grupo Santa, conta que dietas ricas em verduras e legumes, grãos e frutas, quando acompanhadas da redução na quantidade de alimentos industrializados, bebida alcoólica e carne vermelha, podem ajudar a prevenir a doença. “Mas, nos tipos de câncer associados a mutações genéticas herdadas da família, a neoplasia pode se desenvolver mesmo que a pessoa adote uma vida saudável”, alerta.

E, embora o autoexame seja importante, mulheres acima dos 50 anos precisam fazer acompanhamento médico com mamografias regulares, mesmo sem sintomas aparentes ou nódulos nos seios. Às vezes, o caroço é tão pequeno que não forma volume suficiente para ser percebido pelo toque. “O câncer de mama é curável, mas depende do tamanho e de quão cedo foi descoberto. É um tipo de doença que costuma ser assintomática”, explica Rafael Botan, oncologista do Grupo Santa e membro da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO).

Antes da menopausa, a mamografia não funciona muito bem (a mama é muito densa) e a ultrassonografia mamária, um exame acessório, pode ajudar no diagnóstico. É importante também prestar atenção em secreções com ou sem sangue saindo do mamilo, alterações nas auréolas e nódulos nas axilas. O câncer de mama se apresenta frequentemente em dois picos etários: um aos 42 anos e outro aos 58.

A editora-chefe do Metrópoles, Maria Eugênia Moreira, encontrou um caroço no seio durante o banho, em 2006, e foi diagnosticada com câncer de mama. Não deixou de trabalhar e só revelou o problema a uma pessoa até fazer a cirurgia e receber o resultado da biópsia. Hoje, ela explica que a doença nunca deixa o paciente.

Sempre fica um medo. Meu pai falava que o câncer é algo adormecido dentro da gente, mas devemos dar a cara a tapa para a vida. Tomei a decisão de não esmorecer"
Maria Eugênia Moreira, editora-chefe do Metrópoles

Veja a história completa no vídeo abaixo:

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A editora-executiva do Metrópoles, Priscilla Borges, também lutou e venceu um câncer de mama. Diagnosticada aos 31 anos, sem nenhum histórico familiar, a jornalista não parou de trabalhar, fez uma espécie de entrevista com o médico e, ao descobrir uma mutação responsável por seu câncer, decidiu retirar a outra mama preventivamente.

“A única coisa que me preocupava era se ia me inabilitar. Eu pensei em morte, mas sou uma pessoa naturalmente otimista, eu não conseguia visualizar um fim ali. A doença ia fazer parte da minha vida, mas eu não ia viver para ela”, lembra. Apesar de ter congelado óvulos, na esperança de engravidar novamente, acabou descobrindo que o segundo filho, Gustavo, estava a caminho naturalmente.

Assista à história:

MTalk Saúde
Nesta sexta-feira (19/10), às 11h, durante o II Congresso de Oncologia Santa Lúcia, acontecerá o MTalk Saúde, um evento realizado pelo Grupo Santa em parceria com o Metrópoles. Dividido em dois painéis, o bate-papo tem como temas “Os avanços no diagnóstico e tratamento do câncer de mama” e “A importância da prevenção e de boas práticas no combate à doença”. A iniciativa será transmitida em tempo real pelos perfis do portal nas redes sociais.

A conversa será coordenada pela editora-executiva do Metrópoles, Priscilla Borges, e contará com a presença do médico-oncologista dr. Fernando Maluf, chefe do Centro de Oncologia Santa Lúcia e coordenador do congresso, ao lado dos médicos Rafael Botan, do Hospital Universitário de Brasília (HUB), da mastologista dra. Giovana Miziara e do médico-nutrólogo do Hospital Santa Lúcia Allan Ferreira.

“É uma grande oportunidade para os profissionais da saúde e a população de Brasília acompanharem o que temos avançado em termos de tratamento e qualidade de vida às vítimas de câncer”, explica o oncologista e também fundador do Instituto Vencer o Câncer, o doutor Fernando Maluf. Durante o evento, algumas pacientes estarão presentes para contar suas histórias.

METRÓPOLES

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