O diretório municipal do PSDB expulsou Alberto Goldman, ex-governador de São Paulo, o secretário estadual Saulo de Castro e mais 15 filiados por infidelidade partidária. Eles podem recorrer às instâncias superiores do partido.
A decisão foi aprovada na tarde desta segunda-feira (8) e confirmada ao G1 pelo presidente municipal da legenda, o vereador João Jorge.
Sobre a decisão, Saulo de Castro afirmou, via assessoria do Palácio do Bandeirantes: "Acabei de saber. Amanhã eu vejo o que farei. Agora, vou jantar."
A reportagem tenta contato com Alberto Goldman.
Segundo João Jorge, os 17 filiados não respeitaram os nomes indicados pelo partido na corrida eleitoral. Ele afirma que Goldman foi expulso por apoiar a candidatura do MDB ao governo de São Paulo.
"Ele é um crítico contumaz do João Doria, ele nunca se conformou que o Doria ganhou as prévias internas e virou o candidato do PSDB. Não satisfeito, agora no primeiro turno ele declarou apoio ao Paulo Skaf."
Já Saulo de Castro se posicionou a favor de Márcio França (PSB), atual governador e candidato à reeleição.
"Ele faz campanha para o Márcio França. Inclusive, ontem, houve uma reunião do PSDB após a eleição, e o Saulo apareceu com um botton pregado 'Márcio França governador'. Isso é provocação, tem que ser expulso mesmo", defendeu.
Os demais foram expulsos por apoiarem Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência da República.
O presidente municipal acredita que, em caso de recurso, o diretório estadual irá manter a expulsão. "Eu tenho certeza que o estadual confirma a nossa decisão".
Ainda segundo João Jorge, no segundo turno a direção municipal liberou os filiados para declarar apoio a quem desejarem na eleição presidencial.