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POLÍTICA - 11/09/2018

Palocci afirma que depois do pré-sal, Lula atuou diretamente em pedido de propina

Palocci afirma que depois do pré-sal, Lula atuou diretamente em pedido de propina

Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), o ex-ministro Antonio Palocci disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cuidou "diretamente" do pedido de propina em alguns casos. Palocci foi ouvido no dia 26 de junho, no âmbito da Operação Greenfield, que apura supostas irregularidades em fundos de pensão.

 

"Antes de ele [Lula] ser candidato a presidente naquela campanha vitoriosa de 2002, é quando pela primeira vez o PT elege um representante na Previ, portanto o PT não era governo, mas havia eleito um representante da Previ dos funcionários. E quem procura o presidente pra procurar uma interferência nesse fundo é Emílio Odebrecht, em nome da Braskem, que tinha sociedade com os fundos de pensão e estaria tendo por parte desse representante do PT muitas dificuldades. Então, ele nos pede para interferir nisso. Esse foi evento mais antigo de atuação que eu conheço dos políticos do PT em relação a fundo de pensão", contextualizou Palocci.

 

O ex-ministro passou anos no Partido dos Trabalhadores e atuou no governos de Lula e de Dilma Rousseff (PT). Preso desde setembro de 2016, ele firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF).

 

De acordo com Palocci, a descoberta do pré-sal deu uma guinada na forma como o ex-presidente tratava os casos de propina. "No governo federal em particular e junto ao presidente Lula, o pré-sal apareceu como uma, ele chamava até como um passaporte para o futuro, um bilhete premiado, quer dizer, ao final do seu governo ele recebe um senhor bilhete premiado. E como ele já estava bem avaliado naquela época, o pré-sal se torna quase um motivo de delírio político no ambiente governamental", lembrou o ex-ministro.

 

Ele acrescenta que, desse momento em diante, Lula se descuidou da parte legal de sua atuação como presidente e começou a negociar as vantagens indevidas. "Ele sempre soube que tinha ilícito e sempre apoiou as iniciativas de financiamento ilícito de campanha, etc. Mas no caso, no pré-sal, ele começou a ter uma atuação pessoal", explicou o delator.

 

Ao longo do departamento, Palocci citou também o envolvimento direto de Lula com propina na compra de caças para as Forças Armadas e na operação dos fundos de pensão no caso da Usina de Belo Monte. O ex-ministro disse ainda que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), então ministra da Casa Civil, agia como Lula.

 

"Em relação aos fundos ela foi igual ao presidente Lula, ela insistia, inclusive usava muito que aquilo era uma ordem do presidente Lula e ela fazia reuniões com os fundos na Casa Civil e forçava a barra pros fundos investirem", declarou.

 

Em resposta, as defesas de Lula e Dilma negaram as acusações. Eles afirmam que Palocci mente na esperança de se livrar da prisão. BN

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