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POLÍTICA - 27/06/2018

Marina diz temer efeitos das decisões do STF sobre a Lava Jato

Marina diz temer efeitos das decisões do STF sobre a Lava Jato

A pré-candidata a presidente pelo partido Rede Sustentabilidade disse nesta terça-feira (26/6) temer os efeitos das recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) na Operação Lava Jato. A declaração foi dada em entrevista depois de perguntada sobre aos resultados dos julgamentos em favor do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e da senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR).

A líder da Rede também destacou que é preciso continuar o combate à corrupção e que as regras da Lei da Ficha Limpa não devem mudar para atender apenas o ex-presidente Lula. “A Justiça tem seus parâmetros, temos de ter todo cuidado para não enfraquecer o combate à corrupção da Lava Jato. Nem podemos usar jurisprudências que não tenham sido aplicadas antes. Temos que ter os mesmos pesos e medidas.”

Ainda sobre a tentativa de Lula de se candidatar, Marina foi enfática: “A Lei da Ficha Limpa diz que condenado em segunda instância não pode se candidatar. A regra não pode ser para quem está sendo julgado”, ressaltou ao falar sobre uma possível candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.

A entrevista foi concedida no final do ato de lançamento da pré-candidatura do ex-secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal, André Lima, para deputado federal pela Rede. Antes, em discurso, Marina afirmou que não vai atacar os seus adversários. “Estou entrando literalmente para oferecer a outra face. Não espere de mim agredir para combater o Bolsonaro. Não espere que eu vá usar qualquer circunstância para combater Ciro Gomes e Alckmin”, disse a pré-candidata.

EUMANO SILVA/METRÓPOLES
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Marina Silva em lançamento da candidatura de André Lima (de camisa azul) para deputado federal

Marina Silva chegou no local do evento no Lago Sul pouco antes das 21h30. Na ocasião, ela ainda disse que caso assuma o Palácio do Planalto no fim das eleições, seu governo “trabalhará quatro anos com outra régua, para não favorecer os amigos nem prejudicar os inimigos”.

“Desconfie de uma democracia em que político tem muito poder. Na política a gente pode ganhar prestígio, ter relevância, no entanto, jamais crescer economicamente. Se quer juntar todo mundo de bem, junte na eleição. Não com o toma-lá-dá-cá”, completou a ex-senadora.

PT e PSDB


Durante seu discurso, Marina Silva defendeu sua candidatura mesmo sem ter o apoio de um grande partido e de elevada soma de recursos financeiros para campanha eleitoral deste ano. “Não posso acreditar que só pode ser candidato quem gasta rios de dinheiro. Nem fazendo de tudo para ganhar a eleição, até fazer aliança com o ‘rabudo’. É possível eleger uma mulher negra, seringueira, professora e senadora”, afirmou a pré-candidata.

Ao comentar sobre os últimos governos do PT e PSDB, Marina admitiu que as ambas gestões têm seus méritos. “Coisas positivas foram feitas. Até mesmo o bom que foi contribuído foi destruído”, avaliou. “Queremos um governo que compunha a maioria do Congresso com base em um programa”, defendeu Marina Silva.

O ato de desta terça contou com a participação do senador Cristovam Buarque (PPS), do presidente da Camara Legislativa, Joe Vale (PDT), e do deputado distrital Chico Leite (Rede), pré-candidato a deputado federal. Na ocasião, Buarque afirmou que “não importam os detalhes da legalidade política”. “Estamos juntos em uma causa que Marina representa tão bem. Nem sempre a união institucional é a união real”, disse o parlamentar.

Marina Silva foi vereadora em Rio Branco, no Acre, deputada estadual e senadora por dois mandatos pelo PT. Ela também atuou como ministra do Meio Ambiente durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes de criar o partido Rede Sustentabilidade, ela foi filiada ao PT e passou pelo PV e PSB. Em 2010 (PV) e 2014 (PSB), Marina Silva foi candidata à Presidência da República. Na última eleição, a ex-seringueira e professora no Acre assumiu a cabeça de chapa depois da morte em acidente aéreo do ex-governador de Pernambuco, então candidato a presidente pelo PSB.

Distrito Federal
Durante a solenidade, a sigla informou ainda não ter definido quem será o candidato ao Palácio do Buriti. O partido negocia com os legendas que estiveram juntas na eleição passada no Distrito Federal (DF), mas as alianças ainda não estão fechadas. Em 2014, a Rede aliou-se com PSB e PDT e apoiou a candidatura de Rodrigo Rodrigo Rollemberg ao governo local. METRÓPOLES

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