Luíza Tomé e Paulo Betti torcem para personagens retomarem o bordão 'nhanhar' em ‘O sétimo guardião’

‘Oxente, my God!” A expressão tão usada por Altiva (Eva Wilma), a vilã de “A indomada” (em reprise no canal Viva), cai certeira para a volta à cena de Ypiranga e Scarlet, agora, em “O sétimo guardião”. Personagens imortalizados por Paulo Betti e Luiza Tomé há 21 anos, os atores se surpreenderam quando Aguinaldo Silva, autor das duas tramas, os convocou para reviver o casal.

— Aguinaldo me mandou e-mail perguntando o que eu achava de ele escrever para Ypiranga de novo. Disse: “Sensacional!”. Mas não imaginava que fosse para eu interpretá-lo, porque achava que não tinha mais a idade para fazê-lo. Só depois que entendi a nova proposta. O tempo também passou para ele, e está sendo incrível — conta Betti, de 66 anos.

Animada, Luíza afirma que não poderia haver melhor volta à Globo, após 14 anos na RecordTV.

— Nunca imaginei revisitar uma personagem 21 anos depois. Já tinha vontade de fazer de novo uma novela do Aguinaldo, os grandes papéis que fiz foram escritos por ele. Então, só quero que cheguem mais capítulos para eu ver o que vai acontecer com essa mulher — diz, empolgada, a atriz de 57 anos, que está prevista para retornar à história no dia 25.

E não foi difícil para Luíza relembrar a ex-primeira dama de Greenville.

— Está tudo na minha mente, mas dei uma olhadinha na reprise para manter os gestos, a essência — explica ela.

Betti também fez o mesmo e ainda incorporou em Ypiranga expressões de outros tipos vividos em tramas do autor.

— Ele fala “nos trinques”, que era do Timóteo (“Tieta”), “tronquilo”, de Carlão (“Pedra sobre pedra”), além de ter trejeitos de Téo Pereira (“Império”). É como se ele fosse um rádio e pegasse nessas frequências (risos). Acho divertida essa brincadeira, que cabe nesse universo fantástico do Aguinaldo — diverte-se o ator.

Uma vontade grande de ‘nhanhar’

A volta de Scarlet e Ypiranga marca um reencontro muito festejado por Luíza e Betti.

— Está sendo delicioso, e a gente percebeu que mantém a mesma sintonia de antes — afirma a atriz, que foi par romântico do ator também em “Pedra sobre pedra” (1992).

O artista credita à parceira o “start” que precisava para incorporar de vez o empreiteiro.

— Passei a entendê-lo melhor após ela entrar na trama. E Luíza é de uma vivacidade... — elogia o ator, que por estar na próxima novela das seis, “Orfãos da terra”, não ficará até o fim da trama: — Aguinaldo já disse que fará uma saída apoteótica para a dupla.

Casados há anos, será que Scarlet e Ypiranga ainda querem ‘nhanhar’? Os atores torcem para que a expressão usada pela personagem para transar seja resgatada pelo autor.

— Scarlet sempre foi uma mulher empoderada, com uma vida sexual em chamas... Espero soltar isso a qualquer momento — conta Luíza.

E Betti dá a maior força:

— Muita gente tem perguntado pela expressão!

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