Uma família está acusando a Associação Feirense de Assistência Social (AFAS), em Feira de Santana, de retirar a ossada de um de seus membros, sepultado no cemitério São Jorge, mesmo sendo o espaço alugado. O cemitério é administrado pela entidade.
O caso está sendo discutido na Justiça, na 5ª Vara Cível, onde a família busca uma indenização pela ocupação irregular do jazigo e desaparecimento da ossada de Rosivaldo Fernandes Silva, falecido em novembro de 2012.
De acordo com o processo, Rosivaldo foi sepultado em 10 de novembro de 2012, no cemitério São Jorge, em Feira de Santana. Ele ocupava a gaveta temporária de número 1245 do jazigo, devidamente alugado com contrato até o dia 10 de novembro de 2015.
PRORROGAÇÃO
A família conta nos autos que renovou o contrato de aluguel do jazigo por mais três anos, com validade até 10 de novembro de 2018, mas foi surpreendida pela ocupação do local por outro corpo.
A descoberta ocorreu em fevereiro de 2017, durante uma visita ao local. No jazigo havia o nome de Jesuína Oliveira Carneiro, falecida e sepultada em março de 2016.
A AFAS reconheceu, segundo a família, a relocação indevida dos restos mortais de Rosivaldo. A informação teria sido prestada por uma funcionária do cemitério, identificada apenas por Milena.
BUSCA
Diante disso, a família vem buscando localizar os restos mortais de Rosivaldo. Em 6 de fevereiro de 2017 a família foi comunicada pelo cemitério a descoberta da ossada.
Apesar da descoberta, a família de Rosivaldo Fernandes Silva registrou queixa no Complexo Policial. Uma ação com pedido de danos material e moral tramita na Justiça.
A família quer, a título de danos materiais, o valor de R$ 480,00, corrigidos legalmente, além de 500 salários mínimos, referente aos danos morais. O processo deve ser julgado pelo juiz Antônio Gomes de Oliveira Netto, titular da 5ª Vara Cível, nos próximos dias.
Olá Bahia, com imagem reprodução.