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BRASIL - 18/12/2018

Tribunal nega pedido de liberdade de João de Deus

Tribunal nega pedido de liberdade de João de Deus

O Tribunal de Justiça de Goiás negou, no final da tarde desta terça-feira, um pedido de liberdade feito pela defesa do médium João de Deus. O habeas corpus foi apresentado pela defesa do líder religioso na segunda-feira e pedia que o tribunal suspendesse a prisão preventiva ou imputasse medidas cautelares, como prisão domiciliar, uso de tornozeleira eletrônica e proibição de exercer o ofício.

O pedido foi indeferido pelo desembargador Jairo Ferreira Júnior. A assessoria do TJ-GO não deu detalhes da decisão, pois o caso corre em segredo de justiça.

O advogado de João de Deus, Alberto Toron, afirmou que apenas uma liminar foi negada, e que o mérito do pedido ainda será analisado após o recesso do Judiciário. "Discordamos da decisão e vamos recorrer ao STJ", disse Toron, em nota.

Médium mais conhecido do Brasil, João de Deus se entregou à polícia numa estrada de terra na zona rural de Abadiânia, na tarde do último domingo, e está preso no complexo prisional de Aparecida de Goiânia, a 30 quilômetros de Goiânia. Em interrogatório de quatro horas aos delegados da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), o médium negou todas as acusações de abuso sexual e “exigiu” que as mulheres apresentassem provas sobre as acusações, “e não apenas relatos”.

João de Deus passou sua primeira noite em uma cela de 16 metros quadrados com outras três pessoas, todos advogados, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Com a chegada de mais um advogado, ele foi transferido para uma cela individual, de 2,5m x 3m, que tem apenas uma cama e um armário.

Relatos tornam evidente o abuso, diz delegada

Responsável pela condução dos depoimentos de vítimas e do próprio interrogatório do médium na delegacia de Investigação Criminal de Goiás, a delegada Karla Fernandes afirmou ao GLOBO que o conjunto de relatos das vítimas torna “evidente” que João de Deus estava abusando de mulheres em seu centro espiritual.

— Não identificamos nenhuma vítima que esteja querendo se aproveitar da situação. Em certo momento (do interrogatório), ele aumentou o tom de voz. Exigiu provas. Mas temos algo que são casos antigos. E basta o depoimento coerente — diz.

A investigadora afirma que o médium é acusado de “amaldiçoar” as mulheres que ameaçassem revelar os crimes. Ela diz que identificou padrões de comportamento do líder espiritual ao escolher suas vítimas. Segundo Karla, o médium teria preferência por atacar mulheres “frágeis”, que estivessem tentando engravidar, porque usaria a situação como pretexto para tocar partes íntimas das vítimas. EXTRA ONLINE

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