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BRASIL - 18/07/2018

Golpistas roubam dados e sacam seguro-desemprego de trabalhadores

Golpistas roubam dados e sacam seguro-desemprego de trabalhadores

Uma fraude no seguro-desemprego tem causado prejuízo a trabalhadores demitidos em todo o país. Golpistas roubam os dados e conseguem sacar o benefício no lugar das vítimas.

A Ivani precisou do seguro depois de sair da empresa onde trabalhou por 17 anos. Sacou a primeira parcela diretamente no banco, no dia 20 de maio. Um mês depois, levou um susto quando percebeu que tinha sido vítima de fraude.

“Eu achei que eles tinham depositado direto na conta, foi no caixa eletrônico, o dinheiro não estava. É um desgaste total e dormir e acordando achando que vão te roubar as outras parcelas.  No meu caso, faltam três”, disse Ivani Souza.

Ao procurar a Caixa Econômica Federal descobriu que a senha do cartão em nome dela foi criada numa lotérica de Madureira, na Zona Norte do Rio. A loja garante que toma todos os cuidados para não aceitar documentos falsos.

“Isso aqui é o ramo onde o golpista aproveita, aproveita. Nós temos 20 e tantos anos de loteria e atualmente, infelizmente, isso se tornou uma profissão”, disse João Arnaldo Lourenço, dono da lotérica.

A Ivani foi informada pela Caixa Econômica que a segunda parcela do seguro-desemprego foi sacada num caixa eletrônico numa agência no dia 19 de junho, às 9h30. Foi orientada a fazer um boletim de ocorrência e abrir um processo no Ministério do Trabalho, mas foi avisada de que vai precisar de muita paciência para receber o dinheiro dela de volta.

“Falaram que pode demorar mais de dois anos”, disse Ivani.

A Caixa informou que atua na prevenção de fraudes e monitora os pagamentos. O Ministério do Trabalho confirmou que recebe denúncias de irregularidades todos os dias e que a Polícia Federal investiga em sigilo fraudes no seguro-desemprego.

“Tanto na agência quanto na Secretaria de Trabalho e Emprego me informaram que já tinha vários casos deste tipo, na faixa de 300 só naquele mês”, contou Luiz Fernando da Silva, técnico em segurança do trabalho, outra vítima.

A professora Simone Cordeiro perguntava:

“Mas como a pessoa vai clonar o cartão-cidadão no estado do Rio de Janeiro e vai sacar lá no estado do Ceará”.

Simone, Luiz Fernando, Matheus, Ivani. Centenas de vítimas. São desempregados que precisam do seguro para chegar no fim do mês.

“Tenho uma filha de 1 ano. Desempregado com filha de 1 ano. A segunda parcela ia dar aquela salvada. Não teve”, disse Matheus. JORNAL NACIONAL

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