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BRASIL - 30/04/2018

A advogada Márcia Koakoski, de 42 anos, uma das vítimas do ataque a tiros contra o acampamento montado em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Curitiba, na madrugada de sábado (28/4), afirmou que um bate-boca e ameaças de morte precederam o crime. Márcia foi ferida no ombro por estilhaços de um banheiro químico atingido por um dos disparos. “Fisicamente, não foi grave, mas estou abalada psicologicamente”, disse em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.

“Acordei 1h30 da manhã, com uma frenada brusca de carro. Ouvi gritos de ‘Bolsonaro presidente’, e xingamentos aos vigilantes que estavam ali, nos guardando”, contou a advogada. Em seguida, de acordo com o depoimento, os seguranças do acampamento reagiram soltando fogos de artifício para espantar os agressores. “Mas, nesse momento, um deles ameaçou o companheiro dizendo: ‘vou voltar aqui e vou te matar”, relata.

Quando a discussão acabou, as pessoas no acampamento pensaram se tratar de apenas mais uma bravata, sem consequências mais sérias. “Esse tipo de ameaça tem se tornado corriqueira”, afirmou. Então, Márcia se levantou e foi ao banheiro químico. De lá, ouviu novamente gritaria, rojões e aquilo que imaginou serem tiros. “Nessa hora, ouvi as pessoas gritando: ‘Tem baleado, tem baleado’. Foi nesse momento que ouvi um estouro e um impacto em meu ombro.”

Vídeos
Imagens de câmeras de segurança divulgadas pela polícia mostram um homem efetuando os disparos. A advogada é da cidade de Xangri-Lá, Rio Grande do Sul, e seguiu para Curitiba para passar três dias no acampamento “Marisa Letícia”, para manifestar apoio ao ex-presidente Lula, preso no prédio da Polícia Federal desde o dia 7.

Além de Márcia, o presidente do sindicato dos motoboys de Santo André, Jefferson Menezes, também foi atingido. O caso dele é mais grave. Menezes foi alvejado no pescoço e permanece internado – o quadro dele é estável, mas sem previsão de alta. Um inquérito foi instaurado e Menezes deve prestar depoimento sobre o episódio.


Denúncia

O delegado titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba, Fábio Amaro, afirma que um homem chegou em um carro preto modelo sedã e foi caminhando até o acampamento. Depois de efetuar os disparos, fugiu.

“A DHPP pede para quem tiver qualquer informação sobre o caso ligue no telefone 0800-643-1121. A ligação é gratuita e anônima”, afirma, em nota, a Polícia Civil. METRÓPOLES

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